segunda-feira, 18 de junho de 2007

Ruth Rocha e literatura infantil

O Caderno de Fim de Semana do Valor Econômico de 8,9 e 10 de junho trouxe uma interessante entrevista com a escritora Ruth Rocha. Nas páginas 15 e 16, ela responde à seguinte pergunta: "Em que medida a literatura pode ajudar [uma criança]?

"A literatura, quando é boa, pode ser tudo para uma criança. Ela ensina vocabulário, ortografia, narração, ética, estética, ensina a sonhar, a pensar, a imaginar, a viver. A literatura é um ensaio para a vida. É Milan Kundera quem diz que para viver não existe ensaio, não existe treino, você entra direto no jogo. Mas literatura pode ser, sim, uma espécie de ensaio para a vida, uma preparação. Ele é esse condão que ajuda a formar o pensamento. Infelizmente, temos milhões de analfabetos e também milhões de analfabetos funcionais, incapazes de ler. E temos ainda, o que é mais grave, milhões de alfabetizados que, apesar disso, também não lêem."


Os grifos no texto são meus. Vamos por partes. Ler é um hábito que se adquire, que precisa ser incentivado com exemplo e incentivo. As estórias infantis podem ser uma excelente forma de educar, de ensinar, de ilustrar, de tornar palpável à criança o que se espera dela. Tomemos como exemplo a estória dos 3 Porquinhos. O porquinho diligente, esforçado, prevenido é aquele que constrói a casa mais sólida. Dá mais trabalho, mas não tem dor de cabeça quando vem o lobo. Esta estória pode ajudar os pais a treinar os filhos a vencerem a preguiça, a fazerem suas tarefas de forma bem feita, com capricho, com ordem.


Sou um pai que se envolve na educação dos filhos. Procuro participar ativamente, saber o que aprendem na escola para complementar em casa, de forma lúdica e divertida. Fui provocado a inventar um personagem e estórias para contar antes de dormir. O personagem das aventuras antes de dormir chama-se Miguel. As estórias geralmente são simples, mas me forçam a ser criativo. Se há algo para ensinar, se houve alguma coisa em que a criança fez e que precisa ser corrigido, uso a estorinha noturna para ilustrar como esperam que se comportem.


Uma destas estorinhas virou uma crônica publicada neste blog, que é Borboleta Azul.


Mas a leitura não fica de lado. Minha filha está em fase de alfabetização e adora ler. Sento com ela e lemos juntos, inclusive substituindo a televisão por um bom livro. A leitura desperta a curiosidade e auxilia o desempenho escolar. A função dos pais é incentivar isto. Concordo integralmente com Ruth Rocha, temos um país com poucos leitores, mas precisamos insistir para mudar isto. Compete a nós, pais, fazer isto.

4 comentários:

Edna Federico disse...

Concordo em gênero, número e grau com você!
Também sou uma mãe que incentiva e muito a leitura. Meu filho mesmo sendo pequeno, adora ir a livrarias comigo...sentamos no chão e ficamos escolhendo e lendo livros. Sempre que ele me vê lendo, também pega seus livros para "ler".
E não é só leitura, o incentivo na cultura de modo geral...vamos a exposições, teatro, cinema...

Anônimo disse...

Vc faz muito bem em participar ativamente da vida de sua filha, isso com certeza renderá frutos excelentes: uma criança feliz, bem cuidada e inteligente.
E tb formará uma adulta feliz, segura e preparada pra enfrentar a vida.
Sou assim com meu filho tb e procuro prepará-lo da melhor forma possível.

Anônimo disse...

vc e muito nerd

Anônimo disse...

qe nerd o qe otario