quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Para variar, sobrou para nós!

Não consigo ficar calado diante dos jornais de hoje e das declarações do nosso Ministro das Relações Exteriores. Justificou o aumento do preço do gás como sendo uma questão de justiça. Como se pode falar em preço justo pelo gás boliviano? Não houve um contrato? Brasil e Bolívia não assinaram de livre e espontânea vontade o acordo?

Se ninguém foi ameaçado de morte, se não houve revólver ou tacape na cabeça dos envolvidos, se não houve coação, o preço definido no contrato é o que vale. Não há que se falar em justiça, Sr. Ministro!

Entendam, Srs. Ministros, que o contratado não pondera o justo, mas o que as partes acham adequado, desde que não se viole a ordem pública. Além do que, a Petrobrás teve seus bens nacionalizados sem ter recebido qualquer indenização por isto. Era a hora do Governo endurecer e mostrar que sabe falar grosso. Ou será que o metalúrgico que falava grosso com as multinacionais e a ditadura agora afinou de vez?

Mas se formos seguir a lógica deste governo, gostaria que o imposto que me é cobrado fosse justo. Vamos renegociar com o Governo? Receberíamos uma sonora gargalhada da Receita Federal. Somos a parte mais fraca e o Governo iria nos ignorar. Porém, o Governo Brasileiro insiste em ceder para os mais fracos e dar uma de “machão” perante os mais fortes. Insistir em Mercosul, quando a Argentina acha que o Brasil a trata de uma forma injusta, é um grande erro estratégico. Espertos são o Uruguai, Paraguai e Chile que se distanciaram destes populistas demagogos como Evo Morales e Hugo Chávez, o maior de todos. Quem sai perdendo nesta somos todos nós brasileiros.

Enquanto isto, no Palácio do Planalto o Presidente se cerca de trapalhões e incompetentes que não estão preocupados com o futuro do país, mas apenas a perpetuação no poder.

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