Passemos do silêncio da noite para outro tema, puxando o fio da meada.
A noite é metáfora da morte, da ausência de vida para alguns escritores. Ernest Hemingway reflete em seus heróis o medo da morte. Seus personagens evitam dormir de luz apagada à noite, ou dormirem sozinhos. O medo de não voltar do sono profundo atormenta os heróis de Hemingway. A surpresa da morte, a incerteza quanto à sua ocorrência talvez tenham-no levado a tirar sua vida com um tiro de carabina boca.
Em O Velho e o Mar (título original: The Old Man and the Sea), Santiago, um velho pescador, aventura-se em alto mar em busca de um grande marlim. Queria provar que não estava velho, que não estava ultrapassado e que ainda era um bom pescador. Afasta-se da costa de Cuba e fisga um peixe enorme. Luta a noite inteira contra o peixe. Nesta luta, tubarões atacam o marlim preso ao lado do pequeno barco. Santiago retorna para a costa sem o peixe, que fora devorado pelos tubarões. Entra em seu casebre, deita-se e dorme.
Este foi o primeiro livro que numa única sentada. Estava na 8a. série e apaixonei-me por Hemingway. Um escritor com estilo conciso e jornalístico. Frases curtas, sem excesso de palavras ou descrições.
O Velho e o Mar não é um livro sobre pescaria, mas sim um livro sobre superação, determinação, coragem. Estas coisas marcaram-me quando li o livro. Hoje, mais velho, e repassando a estória, outros aspectos me chamam a atenção.
Santiago volta para sua casa com o senso do dever cumprido, com um sentimento interno, pessoal de júbilo, ainda que frustrado por não poder exibir seu feito. Somente o mar e Deus presenciaram o sucesso de Santiago. Foi uma daquelas situações em que a alegria interna não precisa ser dividida. A sensação se exaure dentro dele. Como um gesto gratuito de generosidade, como um sorriso dividido e tantos outros eventos que fazem parte de nossa vida diária e que exaurem dentro de nós. Morrem conosco no final do dia, ou que às vezes contamos e dividimos, deixando transbordar o sentimento e alegria com quem quisermos.
A luta contra o marlim, durante toda a noite - notem que Santiago não dorme, como todo herói criado por Hemingway durante a pescaria - coroa a vida de Santiago. Ao final, ele não conta para ninguém o que conquistou. Simplesmente deita e dorme (entenda-se, recolhe-se no leito e morre).
A noite é metáfora da morte, da ausência de vida para alguns escritores. Ernest Hemingway reflete em seus heróis o medo da morte. Seus personagens evitam dormir de luz apagada à noite, ou dormirem sozinhos. O medo de não voltar do sono profundo atormenta os heróis de Hemingway. A surpresa da morte, a incerteza quanto à sua ocorrência talvez tenham-no levado a tirar sua vida com um tiro de carabina boca.
Em O Velho e o Mar (título original: The Old Man and the Sea), Santiago, um velho pescador, aventura-se em alto mar em busca de um grande marlim. Queria provar que não estava velho, que não estava ultrapassado e que ainda era um bom pescador. Afasta-se da costa de Cuba e fisga um peixe enorme. Luta a noite inteira contra o peixe. Nesta luta, tubarões atacam o marlim preso ao lado do pequeno barco. Santiago retorna para a costa sem o peixe, que fora devorado pelos tubarões. Entra em seu casebre, deita-se e dorme.
Este foi o primeiro livro que numa única sentada. Estava na 8a. série e apaixonei-me por Hemingway. Um escritor com estilo conciso e jornalístico. Frases curtas, sem excesso de palavras ou descrições.
O Velho e o Mar não é um livro sobre pescaria, mas sim um livro sobre superação, determinação, coragem. Estas coisas marcaram-me quando li o livro. Hoje, mais velho, e repassando a estória, outros aspectos me chamam a atenção.
Santiago volta para sua casa com o senso do dever cumprido, com um sentimento interno, pessoal de júbilo, ainda que frustrado por não poder exibir seu feito. Somente o mar e Deus presenciaram o sucesso de Santiago. Foi uma daquelas situações em que a alegria interna não precisa ser dividida. A sensação se exaure dentro dele. Como um gesto gratuito de generosidade, como um sorriso dividido e tantos outros eventos que fazem parte de nossa vida diária e que exaurem dentro de nós. Morrem conosco no final do dia, ou que às vezes contamos e dividimos, deixando transbordar o sentimento e alegria com quem quisermos.
A luta contra o marlim, durante toda a noite - notem que Santiago não dorme, como todo herói criado por Hemingway durante a pescaria - coroa a vida de Santiago. Ao final, ele não conta para ninguém o que conquistou. Simplesmente deita e dorme (entenda-se, recolhe-se no leito e morre).
Não pensem que em semana pré-carnavalesca estou tratando de temas mórbidos ou negativos. O post de hoje é apenas um capítulo para os posts seguintes. Um pouco de expectativa prende o leitor.
É só voltar amanhã.
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