terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Viver é escrever sem borracha

Sou cliente de um banco que todo ano me manda uma lembrancinha de aniversário. Ano passado foi um DVD. Este ano uma caixa de papel reciclado com um lápis. No lápis, está gravada uma frase do Millôr Fernandes: "Viver é desenhar sem borracha", que dá o título ao post.

Gostei mais do lápis do que do DVD. Uma simples frase me aguça mais a criatividade e faz pensar. Quantas vezes já ouvimos falar que a vida é um livro a ser escrito, ou que um dia que começa é uma página em branco a ser preenchida. O tempo é a tinta, e só depende de cada um de nós escrever muito ou pouco.

Escrever nestas páginas em branco é uma tarefa única e individual. Há coisas que só nós podemos fazer. Muitas delas são simples, muitas delas não tem preço. Acho que estas coisas são as mais valiosas, aquelas que ficam na memória para sempre. Simplesmente se faz algo para um amigo porque se quer, não buscando nada em troca, mas demonstrando todo o carinho e afeto que se tem pela pessoa.

Outro dia, soube de uma comunidade no Orkut chamada: “escrevi e não mandei”. Quantas vezes pensamos em ligar para um amigo, em mandar um email, em escrever um bilhetinho (hoje em dia deveria usar a palavra “torpedo” ou mensagem pelo celular). O tempo pode ser cruel com as boas ações que deixamos de fazer. Arriscar fazer uma surpresa só traz reações boas e positivas. E quem dá, recebe em dobro, já dizia minha avó.

Viver é desenhar! E torço para que ninguém precise de borracha. Mas se precisar, sempre há tempo para corrigir os erros.

Se algum leitor achar que este post está sem pé nem cabeça, volte amanhã. Ou mande para algum amigo ou amiga. Diga que lembrou dele ou dela. Vou retomar o fio da meada amanhã com uma idéia que me veio do livro Janelas Fechadas.

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