Tarde de 6a feira, com chuva e friozinho. Tempo que convida à leitura, a ficar em casa com um bom livro, solitário nos pensamentos e devaneios, descansando dos dias de labuta. Termino o dia com Cecília Meireles que tanto sucesso tem feito neste blog.
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"Oh, quanto me pesa
este coração, que é de pedra.
Este coração que era de asas,
de música e tempo de lágrimas.
Mas agora é sílex e quebra
qualquer dura ponta de seta.
Oh, como não me alegra
ter este coração de pedra.
Dizei por que assim me fizestes,
vós todos a quem amaria,
mas não amarei, pois sois estes
que assim me deixastes amarga,
sem asas, sem música e lágrimas,
assombrada, triste e severa
e com o meu coração de pedra.
Oh, quanto me pesa
ver meu puro amor que se quebra!
O amor que era tão forte e voava
mais que qualquer seta!"
(Canções. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2005, p. 158-9)
Coração de pedra ou de gelo. Basta um olhar, um momento, um encontro para ele se descongelar e a pedra arder em brasa e novamente voar com asas.
3 comentários:
O coração humano é facil de derreter não é?
Pode deixar que coloco a autoria
a frase de encerramento foi a melhor.
É,deixaram meu coração como este poema, mas confesso que o comentário abaixo me surpreendeu. Quem sabe um dia algo o quebrará...
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