Invejava as pessoas que estavam sempre lendo e que encontravam tempo para ler. Eu não conseguia achar o tempo. Vivia cercado de razões para não ler: o trabalho, o cansaço, os filhos, o tempo em casa para relaxar. Lia apenas livros jurídicos e ligados à vida acadêmica. Minha leitura limitou-se a este espectro nos últimos 7 anos.
Resolvi mudar. Nas férias de verão de 2006, levei comigo um livro de Érico Veríssimo. Viciei. Confesso, com vergonha, que no último ano li mais livros de qualidade que nos 10 anos anteriores. Foram 2 obras de Machado de Assis, 2 de Josué Montello, 1 de Veríssimo, outra de Tolstoi, uma de Shakespeare, outra de Manuel Vázquez Montalbán e não vejo a hora de encontrar algo novo para ler.
A mudança deu-se com uma simples atitude: vou ler. Vou achar o tempo para ler. Um pouco por dia. No final do dia ou às vezes de manhã, quando chego ao trabalho e paro para tomar um café expresso no Fran’s Café. Apenas 20 minutos de leitura, porém constante. Poderia até dizer que ler de manhã tomando um café na Av. Paulista dá um ar parisiense ao meu dia, mas isto seria um grande exagero. Os livros são devorados e as idéias povoam meu imaginário. Sorte dos meus alunos que se beneficiam de exemplos mais eruditos e enriquecedores. Dos livros, brotam as citações, os casos, os exemplos que recheiam as minhas aulas de segunda-feira.
O fato é que os livros me viciaram. Cansei dos enredos superficiais e róseos das séries de televisão. Uma fantasia embriagante que leva o espectador a passivamente ingerir uma proposta de conduta. Talvez porque vida retratada nestas séries e programas de televisão não seja condizente com o que experimentamos na vida real. Ninguém troca um olhar, duas palavrinhas e arrasta o parceiro para uma noite de luxúria. A conquista, o amor, a sedução, o relacionamento, as angústias, os conflitos não me parecem bem retratados. Os livros fazem isto de forma muito mais adequada, muito mais profunda. Por isto substitui a televisão pelos livros e acabei por encontrar o tempo que não tinha para ler.
Os livros têm sido minha companhia constante. Momentos de reflexão e rápida fuga da realidade, mas indispensáveis para melhor compreender a realidade da qual nos ausentamos durante a leitura. Parece paradoxal? Pois é. A vida é repleta de paradoxos e aparentes contradições.
Resolvi mudar. Nas férias de verão de 2006, levei comigo um livro de Érico Veríssimo. Viciei. Confesso, com vergonha, que no último ano li mais livros de qualidade que nos 10 anos anteriores. Foram 2 obras de Machado de Assis, 2 de Josué Montello, 1 de Veríssimo, outra de Tolstoi, uma de Shakespeare, outra de Manuel Vázquez Montalbán e não vejo a hora de encontrar algo novo para ler.
A mudança deu-se com uma simples atitude: vou ler. Vou achar o tempo para ler. Um pouco por dia. No final do dia ou às vezes de manhã, quando chego ao trabalho e paro para tomar um café expresso no Fran’s Café. Apenas 20 minutos de leitura, porém constante. Poderia até dizer que ler de manhã tomando um café na Av. Paulista dá um ar parisiense ao meu dia, mas isto seria um grande exagero. Os livros são devorados e as idéias povoam meu imaginário. Sorte dos meus alunos que se beneficiam de exemplos mais eruditos e enriquecedores. Dos livros, brotam as citações, os casos, os exemplos que recheiam as minhas aulas de segunda-feira.
O fato é que os livros me viciaram. Cansei dos enredos superficiais e róseos das séries de televisão. Uma fantasia embriagante que leva o espectador a passivamente ingerir uma proposta de conduta. Talvez porque vida retratada nestas séries e programas de televisão não seja condizente com o que experimentamos na vida real. Ninguém troca um olhar, duas palavrinhas e arrasta o parceiro para uma noite de luxúria. A conquista, o amor, a sedução, o relacionamento, as angústias, os conflitos não me parecem bem retratados. Os livros fazem isto de forma muito mais adequada, muito mais profunda. Por isto substitui a televisão pelos livros e acabei por encontrar o tempo que não tinha para ler.
Os livros têm sido minha companhia constante. Momentos de reflexão e rápida fuga da realidade, mas indispensáveis para melhor compreender a realidade da qual nos ausentamos durante a leitura. Parece paradoxal? Pois é. A vida é repleta de paradoxos e aparentes contradições.
Um comentário:
É muito bom comentar sobre leitura, já que também sou uma apaixonada.
Eu, ao contrário de você, sempre arrumei tempo para ler...mesmo na minha época de adolescente, aonde queria fazer mil coisas ao mesmo tempo e o dia é curto, forçava-me a tirar algum tempo no dia para leitura. Geralmente era antes de dormir, hábito que preservo até hoje e que deixava minha mãe enlouquecida, pois achava que eu ficava forçando muito a visão.
Mas a noite é aonde encontro a paz e o silêncio que tanto busco para apreciar a leitura...relaxo, gosto depois de deitar, fechar os olhos e ficar pensando na história, “viajando”, como diz meu pai.
Conheço muitas pessoas que também não tem o hábito de ler literatura, somente livros técnicos e sou conhecida por tentar mudar esse hábito, riso...sou uma defensora da leitura.
Às vezes começo a ler um livro e ele não me encanta muito, parece que a história não anda...é o que está acontecendo no momento, estou lendo um livro há algumas semanas, mas não deslancha. Não gosto de não terminar o livro, nunca fiz isso...sinto como se estivesse desrespeitando o autor e não estar dando uma chance. O que faço é interromper a leitura, ler outro livro e depois, em outro momento, retornar...acho que cada livro tem o “momento” certo para ler, sabe?
Coincidência você falar em Shakespeare, pois algum tempo atrás me dei conta de que já havia visto algumas peças dele, mas nunca tinha lido um livro. Consertei essa minha falta, comprei o Rei Lear e MacBeth, estão na minha pilha de “livros a ler”, que a cada dia cresce mais, pois sempre que vejo um livro interessante, compro...sou uma fã de livraria. Também me espera Tristão e Isolda, uma das mais belas histórias de amor...é incrível como uma história escrita no século XII e que teve sua origem numa lenda Celta do século IX, pode ainda ser tão atual.
Por falar em livraria, sexta-feira saiu uma matéria muito boa no Guia São Paulo do Estadão falando sobre a inauguração de três livrarias e comentando sobre outras. Fiquei muito feliz, pois num país aonde a leitura e cultura não são incentivadas, é um fato a se comemorar. Lendo essa matéria, algo que poderia ter passado despercebido me chamou a atenção. Nos finais das páginas, com letras pequenas, eles indicavam livros para se ler nessas livrarias e vi o título “Cem Anos de Solidão”. Fiquei intrigada, pois algumas pessoas já haviam me falado desse livro, inclusive na semana passada e nunca tive a oportunidade de ler. Acho que talvez seja o momento, pois ele anda rondando muito minha pessoa, sorriso.
Você já leu? É de um autor colombiano, Gabriel Garcia Márquez e ganhou o Nobel de Literatura. Foi escrito em 1967...ele já tinha tentado escrever essa história quando tinha 19 anos, mas faltava à maturidade, então, esperou 15 anos...foi pensando no livro durante esse tempo e pelo que dizem, saiu uma obra maravilhosa.
Vou dar uma sugestão: podíamos listar aqui quais “nossos” grandes livros, aqueles que marcaram nossa vida de alguma maneira e por que, o que vc acha?
Posso começar...sem ordem de preferência:
1 – Reinações de Narizinho (Monteiro Lobato) foi o início de tudo, aonde aprendi a gostar de ler na infância e isso me traz ótimas lembranças
2- O dia do Chacal (Frederick Forsyth) e o Poderoso Chefão (Mario Puzo) – imperdíveis..foi aonde entrei em conflito com meus valores éticos e morais...em certo momento, vc se pega torcendo pelo criminoso, como pode? Veja bem, não estou fazendo apologia ao crime, pode ser que quem não leu não entenda...é que tudo é tão bem tramado, com técnicas apuradas, que praticamente a gente se vê na história. Pena que os filmes perderam muito.
3 – As brumas de Avalon (Marion Zimmer Bradley) – uma história de força, crença e magia, um prato cheio para quem gosta de lendas medievais, magias, amores, Rei Artur...ensinou-me a sonhar mais, a viajar de verdade pelo mundo da fantasia. O filme também não faz jus ao livro.
Tem tantos outros livros, mas se for me estende mais ainda, o criador desse blog, vai me bloquear, riso, achando que quero roubar seu espaço.
Desculpe uma leitora apaixonada por livros, ok?
Fernanda
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