sexta-feira, 30 de março de 2007

Poesia: INÉRCIA

INÉRCIA

Sua voz é um bálsamo
Que descongela meu coração impenetrável
Recheando-o de vida
Fazendo-o ganhar ritmo
Num pulsar acelerado
Oh, amor intangível!
Oh, lábios intocados!

Solitário te desejo ardentemente
Desejo que consome meu interior
Sem forças, sem coragem, inerte
O amor que dá vida
O anseio que move o desejo
Petrifica com o medo
Temor insuperável
Congela na inércia
Deixa-me sem ação.

Covarde!
Bombardeia a razão
Covarde, sim!
Mas jamais insensível
Jamais gélido
Apenas um pobre homem
Apenas um homem covarde
Apenas um homem inerte!

(RLBF - mar 07)

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