Meu contato com o escritor se deu recentemente e motivado por uma daquelas coincidências inexplicáveis da vida. Coincidência que se não tivesse acontecido, provavelmente teria perdido o estímulo de conhecer Josué Montello. Li Janelas Fechadas em janeiro e comentei em alguns dos primeiros posts neste blog.
Recentemente, mudei de rumo e parti para uma obra autobiográfica. Mergulhei no seu Diário da Noite Iluminada (Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1994), que retrata os anos de 1977 a 1985. Nunca fui muito afeito a biografias, mas de uns tempos para cá, tenho lido livros de memórias. Percebo que estes escritores, no momento da vida em que se encontram, lançam luz para os mais jovens com sabedoria. Diria que nos mostram um pouco do caminho da vida e aonde vamos chegar.
A leitura se torna um mapa da vida e uma reflexão sobre o momento presente. Sinto nas palavras de Josué Montello transbordar a delicadeza e a sensibilidade, como se falasse aos mais jovens. No Prefácio da obra, ele justifica a razão de escrever um Diário. Vou pinçar um trecho do Prefácio:
“Diligentemente, cuidadosamente, tratei de reter neste longo registro de meu destino o tempo que ia fluindo. Entretanto, por maior que seja nosso cuidado e a nossa vigilância, só em parte conseguimos guardar as horas que se esvaem, como se espetássemos, no painel das lembranças, asas de borboletas. Daquelas que tatalaram diante de nossos olhos, coloridas, leves e nervosas, e que apanhamos no ar, frágeis e belas, para que facilmente nos refluam à memória, na imobilidade do vôo interrompido.”
Ao congelar a borboleta em pleno vôo, Montello nos conduz por anos importantes da vida brasileira. É um livro para ser lido com calma, pois os comentários estão divididos por dias. Vou separar alguns e colocá-los aqui nos próximos dias.
A leitura se torna um mapa da vida e uma reflexão sobre o momento presente. Sinto nas palavras de Josué Montello transbordar a delicadeza e a sensibilidade, como se falasse aos mais jovens. No Prefácio da obra, ele justifica a razão de escrever um Diário. Vou pinçar um trecho do Prefácio:
“Diligentemente, cuidadosamente, tratei de reter neste longo registro de meu destino o tempo que ia fluindo. Entretanto, por maior que seja nosso cuidado e a nossa vigilância, só em parte conseguimos guardar as horas que se esvaem, como se espetássemos, no painel das lembranças, asas de borboletas. Daquelas que tatalaram diante de nossos olhos, coloridas, leves e nervosas, e que apanhamos no ar, frágeis e belas, para que facilmente nos refluam à memória, na imobilidade do vôo interrompido.”
Ao congelar a borboleta em pleno vôo, Montello nos conduz por anos importantes da vida brasileira. É um livro para ser lido com calma, pois os comentários estão divididos por dias. Vou separar alguns e colocá-los aqui nos próximos dias.
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