quinta-feira, 29 de março de 2007

Palavras emprestadas

As palavras são de Josué Montello, como havia prometido e que serão aqui publicadas.
"19 de fevereiro de 1978
Ler bem é ouvir em silêncio" (p. 41)


"3 de abril de 1982

Levantei-me cedo e vim olhar o mar de minha janela, antes das cindo horas. Defronte de mim, vermelho, redondo, imenso, o sol era um anúncio do próprio Sol. O mar gritantemente azul, o céu estriado de tons róseos, uma nuvem sangrenta ao fundo do horizonte, e a luz matinal a inundar tudo, com uma pureza translúcida, enquanto um navio passava em frente à ilha Rasa, tranquilo, imponente.

Fui chamar Yvonne para dividir com ela esta emoção.

Quando voltei, já a paisagem era outra, sem a beleza que Deus só mostra para quem acorda antes que o dia amanheça."

(Diário da Noite Iluminada. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1994, p. 311)

Na minha última ida ao Rio, há 15 dias, deixei as cortinas do quarto do hotel abertas, para levantar-me com a claridade do amanhecer. Despertei às 5:30 da manhã e fui caminhar na orla de Copacabana. O céu era róseo e o sol ainda não havia despontado. Caminhei da Siqueira Campos até o Forte de Copacabana e luz estava nas minhas costas. Ao girar no calçadão para retornar, pude contemplar o sol nascendo, esparramando seus raios por detrás do Pão de Açúcar e iluminando a praia.

Um jeito perfeito de começar o dia!

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