Comecemos pela explicação da foto. Não se trata de vislumbrar a mulher como ser frágil ou delicada que só gosta de ganhar flores e deve ser tratada como um bibelot precioso. O campo florido é uma imagem agradável, que retrata boas lembranças, ou brincadeiras particulares, que já inspirou grandes pintores e obras de arte. Enfim, alguém vai entender o porquê desta foto.
Depois o título que parece paradoxal. Mas não é! Somos todos a favor de igualdade de direitos, de tratamento equânime entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, contra o preconceito e a discriminação. Mas pergunto-me: e as nossas diferenças?
Acho maravilhoso que homens e mulheres sejam diferentes. É um fato. Hoje, na área jurídica, creio que haja mais mulheres do que homens trabalhando e sempre me dei muito bem ao trabalhar com mulheres. Elas são mais detalhistas, mais atenciosas. Elas são mais intuitivas que nós homens, mais perceptivas. Tentamos copiar as coisas boas, mas muitas vezes não temos êxito. Recentemente, falaram-me que tinha muita sensibilidade. Recebi isto como um grande elogio, principalmente vindo de uma mulher.
Mas no ambiente de trabalho, estas diferenças precisam respeitadas e aproveitadas. Explico-me. Uma mulher que tem dupla jornada - e muitas têm - não pode ficar até altas horas no escritório. Isto é compreensível e deve ser compreensível. As empresas devem analisar estes pontos e respeitar esta necessidade feminina de ter mais tempo em casa. Muitas empresas se adaptaram a isto. Não é o caso de achar que a mulher tem menos capacidade de trabalho, nem de que é menos ambiciosa. A capacidade de trabalho da mulher, penso, é maior que a do homem. Os homens raramente têm jornada dupla e a ambição feminina é diferente.
As diferenças não devem ser motivo de discriminação ou tratamento desigual. As diferenças devem motivo de compreensão e complementação no ambiente de trabalho. Por isso, volto a dizer: Viva a diferença! Não devemos procurar que mulheres se pareçam com homens e vice-versa.
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