Luciana continuava presa numa odiosa reunião, trancada numa sala com um monte de pessoas discutindo um bendito plano de reorganização e redução de custos da empresa em que trabalhava. Envolta em planilhas e relatórios, tinha perdido a noção de tempo. Já estava atrasada para o encontro com Pedro e não estava nem um pouco interessada em ir. Havia confirmado e ela era pontual e não gostava de deixar ninguém esperando, mesmo que fosse o Pedro. Procurou seu celular entre os papéis sobre a mesa para lhe mandar um torpedo, mas o celular não estava lá. “Putz, deixei na minha sala!”, lembrou ela.
Aquilo tudo deixou-a aflita, com um senso de urgência. Precisava urgentemente de um telefone, de um celular, de um computador, de uma fumaça, enfim qualquer coisa para lhe mandar um sinal. Luciana conhecia bem a figura. Haviam tido um envolvimento emocional por alguns meses que não deu certo. Luciava via Pedro como um sujeito muito dependente, que lhe sugava emocionalmente. Ela queria um companheiro e não se transformar na terapeuta do namorado. Bem, eles ainda não eram namorados, mas eram íntimos. A iniciativa para o rompimento fora dela. Ela não queria vê-lo, mas aceitou por pura pena e compaixão. Sabia que iria ficar mal depois do encontro. Sabia que ele ia tentar beijá-la. Sabia que ela ia se desvencilhar dele no bar, não ia oferecer uma carona de volta até o hotel porque ele iria convidá-la para subir, ela ia dizer não, ele iria insistir ou dizer que tinha um presentinho para ela, ele lançaria aquele olhar sedutor e em poucos minutos ela estaria no quarto do hotel com ele aos beijos.
Ela estava convencida que precisava ser forte, afinal, ela o dispensara. Em alguns momentos até sentia saudade de Pedro, mas não queria que o relacionamento evoluísse. Não tinham futuro juntos na opinião dela.
Olhou no relógio. Uma hora de atraso. “Ele deve estar se corroendo naqueles devaneios malucos dele. Coitado. Estou sendo muito má! Mas ele que me encheu o saco para este encontro. E depois, é só um cano, nada demais. Nada que lhe arrase, nada de mais grave. Amanhã eu ligo para ele. Ele já ia ter que jantar sozinho mesmo.”, pensou ignorando por completo a enfadonha reunião que ocorria.
Conseguiu dar uma escapadinha para ir ao banheiro. Correu até sua mesa e pegou o celular. Estava sem bateria. Tentou lembrar de cabeça o telefone dele. Discou rapidamente para o celular dele. Sem resposta, direto na caixa postal. “Vai ver ele está ocupado e nem está me esperando.”, e desligou sem deixar recado.
Escreveu um rápido email para deixar registrado que não tinha esquecido do encontro. Nisso viu uma mensagem de Antônio. Seus olhos brilharam, o coração bateu mais forte e resolveu ler. Era uma mensagem curta. Apenas um recado no meio da tarde, sinal de que ele havia pensado nela. A mensagem de Antônio fez com que esquecesse de Pedro num pestanejar. Quando ia responder, o telefone tocou e seu chefe chamou-a de volta à reunião. Deixou sua mesa animada e renovada com aquela mensagem, com aquela carinhosa lembrança.
Aquilo tudo deixou-a aflita, com um senso de urgência. Precisava urgentemente de um telefone, de um celular, de um computador, de uma fumaça, enfim qualquer coisa para lhe mandar um sinal. Luciana conhecia bem a figura. Haviam tido um envolvimento emocional por alguns meses que não deu certo. Luciava via Pedro como um sujeito muito dependente, que lhe sugava emocionalmente. Ela queria um companheiro e não se transformar na terapeuta do namorado. Bem, eles ainda não eram namorados, mas eram íntimos. A iniciativa para o rompimento fora dela. Ela não queria vê-lo, mas aceitou por pura pena e compaixão. Sabia que iria ficar mal depois do encontro. Sabia que ele ia tentar beijá-la. Sabia que ela ia se desvencilhar dele no bar, não ia oferecer uma carona de volta até o hotel porque ele iria convidá-la para subir, ela ia dizer não, ele iria insistir ou dizer que tinha um presentinho para ela, ele lançaria aquele olhar sedutor e em poucos minutos ela estaria no quarto do hotel com ele aos beijos.
Ela estava convencida que precisava ser forte, afinal, ela o dispensara. Em alguns momentos até sentia saudade de Pedro, mas não queria que o relacionamento evoluísse. Não tinham futuro juntos na opinião dela.
Olhou no relógio. Uma hora de atraso. “Ele deve estar se corroendo naqueles devaneios malucos dele. Coitado. Estou sendo muito má! Mas ele que me encheu o saco para este encontro. E depois, é só um cano, nada demais. Nada que lhe arrase, nada de mais grave. Amanhã eu ligo para ele. Ele já ia ter que jantar sozinho mesmo.”, pensou ignorando por completo a enfadonha reunião que ocorria.
Conseguiu dar uma escapadinha para ir ao banheiro. Correu até sua mesa e pegou o celular. Estava sem bateria. Tentou lembrar de cabeça o telefone dele. Discou rapidamente para o celular dele. Sem resposta, direto na caixa postal. “Vai ver ele está ocupado e nem está me esperando.”, e desligou sem deixar recado.
Escreveu um rápido email para deixar registrado que não tinha esquecido do encontro. Nisso viu uma mensagem de Antônio. Seus olhos brilharam, o coração bateu mais forte e resolveu ler. Era uma mensagem curta. Apenas um recado no meio da tarde, sinal de que ele havia pensado nela. A mensagem de Antônio fez com que esquecesse de Pedro num pestanejar. Quando ia responder, o telefone tocou e seu chefe chamou-a de volta à reunião. Deixou sua mesa animada e renovada com aquela mensagem, com aquela carinhosa lembrança.
2 comentários:
Adorei! Você escreve super bem e capta a alma feminina de forma exemplar! parabéns! bjs
Relacionamentos terminados sempre me deixam triste, um sempre acaba saindo magoado...ou os dois!
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