sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dicas da Dani: Jason Mraz

Jason Mraz. Nunca ouviu falar nele? Então, lembre-se que ouviu aqui primeiro.

Nascido no estado americano da Virginia, em 1977, sua música é eclética e mistura vários estilos para compor. Suas influências incluem o pop, o country, o folk e o jazz. Não há uma linha única e cada um dos estilos se sobressai mais nesta ou naquela música.

Seu mais recente álbum, lançado em maio de 2008, é We sing. We dance. We steal.

O clipe é da música I´m Yours, número 1 na Billboard nesta semana na categoria Hot Adult Top 40 e entre as 10 músicas mais vendidas na iTunes Store. Divirtam-se.



I´m Yours

Well you done done me and you bet I felt it
I tried to get you but you're so hot that I melted
I fell right through the cracks
and now I'm trying to get back
Before the cool done run out
I'll be giving it my bestest
Nothing's going to stop me but divine intervention
I reckon it's again my turn to win some or learn some

I won't hesitate no more, no more
It cannot wait, I'm yours

Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find love love love love
Listen to the music of the moment people dance and sing
We're just one big family
And It's our God-forsaken right to be loved love loved love loved

So I won't hesitate no more, no more
It cannot wait I'm sure
There's no need to complicate
Our time is short
This is our fate, I'm yours

Scooch on closer dear
And I will nibble your ear

I've been spending way too long checking my tongue in the mirror
And bending over backwards just to try to see it clearer
But my breath fogged up the glass
And so I drew a new face and laughed
I guess what I'm be saying is there ain't no better reason
To rid yourself of vanity and just go with the seasons
It's what we aim to do
Our name is our virtue

I won't hesitate no more, no more
It cannot wait I'm your's

Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find that the sky is yours
Please don't, please don't, please don't
There's no need to complicate
Cause our time is short
This this this is out fate, I'm yours!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Observando fotos

Parei no final de um dia corrido, de uma semana que começou cedo e termina tarde. Sem trilha sonora, degustando o silêncio exterior e mergulhando numa conversa interior.

Parei para ver fotos. Fotos que já olhei outras vezes, mas que sempre volto a olhar. Sempre há algo novo a observar, a descobrir. Fotos que fazem viajar e me transportam a lugares distantes no espaço e no tempo. Fotos que trazem consigo sorrisos e alegrias. Fotos que são preservadas na memória, ainda que não as tenha diante do meus olhos.

As fotos guardam uma semelhança muito grande com obras de arte. Podem ser vistas e revistas. Nunca cansam. Para um olhar atento e preciso, há novas descobertas, nuances a reparar, luz que incide de um jeito nunca antes notado. Cenários que trazem memórias e lembranças de conversas e fatos narrados.

Percebo-me falando em voz alta, quase conversando com a imagem estampada na tela do computador, palavras que são lançadas ao vento para percorrer um caminho imprevisível. Talvez cheguem aos ouvidos de alguém. Talvez se percam nesta sala. Talvez sejam pacientemente compreendidas pelas paredes que me cercam.

Ditas em voz alta, parecem amenizar a solidão. Uma solidão que não é solidão. Uma distância que não é distância, pois é vencida pelo pensamento inundado de coisas boas. Momentos que recarregam energias. Sorrisos que são divididos, ainda que de forma solitária, mas que alguém há de perceber.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Time out!

(cena do filme My Best Friend´s Girl)



Em plena manhã de terça-feira, pouco depois das dez horas, parti rumo ao aeroporto. Uma viagem a trabalho, bastante simples, para protocolar uma contestação em Joinville, Santa Catarina. Simples, pois se tudo corresse como programado, terminaria minhas obrigações profissionais por volta das 14 horas e teria o resto do dia livre. Carregando um livro de crônicas de Jorge Luis Borges (O Fazedor), meu iPod e várias folhas em branco para escrever, estava ciente de que era um dia para arejar a cabeça. O vôo de volta seria apenas às 20:30. Uma pausa no meio da correria, ou para ser fresco, "time out".



Tudo correu como planejado. Missão cumprida, saí caminhando do fórum de Joinville rumo ao centro da cidade. Segui minha intuição e meu "GPS" interno, observando o fluxo de pessoas que me indicavam a direção. Poderia ter mandado outra pessoa no meu lugar, mas fiz questão de ir pessoalmente. Primeiro, porque adoro viajar. Segundo, porque precisava de uma pausa destas. Locais novos e ambientes novos são um ótimo incentivo para a criatividade e para novas situações que volta e meia repousam em personagens das crônicas.



Tinha lido metade do livro. Já tinha escrito algumas coisas sentado numa praça de alimentação deserta de um shopping no meio da tarde. Então, resolvi ir ao cinema. Pegar uma sessão no meio de uma tarde de trabalho tem um gosto de transgressão, algo completamente diferente da rotina. A escolha recaiu sobre uma comedia romântica, cujo título em português é sofrível: Amigos, amigos, mulheres à parte (My Best friend´s girl, no original). Na platéia, algumas senhoras da melhor idade, um ou outro casal de adolescentes e eu de terno, o que fez com que algumas pessoas me olhassem de forma estranha. Pouco me importa o que pensaram e em nada me incomodou.



Diversão leve e agradável. Porém, há uma cena no filme que me fez pensar. Não sei passei a ser mais observador depois que comecei a escrever algumas crônicas; não sei se percebo estas coisas agora depois de ficar mais maduro; não sei se houve alguma identificação com aquela cena. O fato é que estas comédias românticas sempre trazem de forma discreta uma revelação sobre relacionamentos. São pequenas situações, algumas sutis, outras mais escancaradas, mas todas passam ao público algo de verdadeiro e algo a refletir. Escrevi um pouco sobre isto no post Garota da Vitrine.



Na cena, a que me refiro, o mocinho leva a mocinha para um passeio surpresa. Faço um pequeno parênteses: trata-se de um baile de formatura. O baile de formatura nos EUA é o auge da vida social de qualquer aluno do ensino médio. É algo marcante e inesquecível. Ao chegar ao baile de formatura, ela fica boquiaberta, seu rosto brilha. Ela diz que não tinha ido ao baile de formatura dela. Ele responde: eu lembro quando me contou! Ela sorri.



A cena pode ser boba, banal, mas há algo neste pequeno diálogo. Ele prestou atenção nela! Ele ouviu o que ela disse! Ele agiu pensando nela! Detalhes. Pequenos detalhes podem fazer a diferença em qualquer relacionamento, seja ele de amizade, seja ele de caráter mais íntimo. Tenho cá com meus botões, que todos estes tipos de relacionamentos são modos diferentes do amor, matizes de um sentimento que podem variar dependendo das situações concretas. Por vezes mais contido, por vezes mais direto e intenso, mas sempre amor. Em todos os casos, porém, os detalhes revelam uma preocupação gratuita e desinteressada que valoriza a pessoa que está ao nosso lado. Detalhes que podem aparentemente passar despercebidos, ditos no meio de uma conversa, pequenos gestos inadvertidos, mas que são notados e guardados, até que num momento, como num passe de mágica, eles reaparecem e lançam luz nova naquele momento sombrio.



Reparar e prestar atenção é valorizar, é demonstrar com gestos o quanto uma pessoa é especial e querida. Afinal, gestos nascem de dentro do coração.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Poesia: PENUMBRA




PENUMBRA


Os dias passam

imagem nítida

clara

traços precisos

pintura realista transforma-se.


Linhas nervosas

traços rudes

distorcidos por emoções

pelo olhar do sentimento

misturam-se as cores

os tons, os detalhes

revoltam-se as formas.


O jogo da imagem

distorce a realidade

e tua imagem,

lentamente, confunde-se

com a penumbra do dia.


Inabalável sentimento

intocado pela névoa da distância

pulsa e pula

arrepia a cútis

anseia o calor, o abraço

penumbra que não me afastas

penumbra que não me afetas.

Só tu me afetas

Só tu, no silêncio que fala

que sussurra palavras doces

que dissipa a fumaça

que irradia a luz do dia, a tua luz.


(RLBF)



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dia do Professor


Professor é aquela pessoa que deixa uma marca indelével em nossa formação. Em algum momento de nossas vidas, encontramos pessoas que têm o dom de mostrar o caminho, de despertar a paixão e o desejo de sonhar alto. Não importa a fase da vida ou o grau de formação, cada um lembra-se de algum mestre que fez a diferença. Pode ser aquela professora de jardim de infância, ou aquela outra que nos alfabetizou. Ou então o docente na adolescência que cativou-nos com sua paixão pela matemática ou pela biologia.

Lembro-me com carinho de vários professores. Minha rota profissional, porém, foi mais afetada por um professor no 1º colegial (hoje ensino médio) que me ensinou a gostar de ler, a descobrir na literatura um mundo aparte. Foi ele que me ensinou a escrever de forma lógica e organizada, com argumentos, de forma fluida e interessante. Foi com este professor que descobri minha vocação para o Direito. Sua paixão pela literatura era perceptível e contagiava os seus pupilos. Era um professor exemplar e atencioso, exigente e que sabia provocar o aluno para que ele atingisse seu potencial, superando-se em suas metas.

William Daly é seu nome e lecionava Literatura Ocidental na HH Dow High School, na Cidade de Midland, Estado de Michigan, no norte dos Estados Unidos. Sei que ele não lerá isto, afinal, ele não lê português, mas ele marcou minha formação de maneira fundamental.

Olhando por outro lado, cada um de nós é um pouco professor; não no sentido estrito, mas no sentido lato. Aprendemos com amigos, com colegas de trabalho, com pessoas de nossa convivência. Assim há professores que sequer são conhecedores do quanto ensinam, do quanto mudam, do quanto transformam. Alguns não estão nem presentes; alguns estão distantes fisicamente, mas presentes em pensamento e na rotina diária.

Não poderia de homenagear todos os mestres no seu dia. Não poderia deixar de fora todos aqueles que me ensinaram o ofício desde a época de estágio – profissionais que também foram professores. Não poderia olvidar dos amigos que sabem ensinar de um jeito diferente, carinhoso, compreensivo, paciente e sempre sorridente.

A todos os mestres, o meu carinho!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Selo: Prêmio Dardos



Recebi esta homenagem da Edna, do Pensamento Nosso. Agradeço a honra e assino embaixo das recomendações que ela fez. Algumas indicações serão repetidas, mas isto só valoriza a qualidade dos indicados.

Vamos as informações sobre o Prêmio Dardos:

“Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.Quem recebe o “Prêmio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:

1. exibir a distinta imagem;

2. linkar o blog pelo qual recebeu o prêmio;

3. escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prêmio Dardos.”

1. 30 & Alguns

2. Bossa Nova Café

3. Intimidade

4. Lonely Avenue

5. Sentimento Infinito

6. Simples Coisas da Vida

7. Uma estrela no céu

8. Gotas diárias de sentimentos

9. Pensar de uma mulher

10. O Avesso da Vida - mesmo que encerrado, os textos merecem a visita.

11. Bicho Solto

12. [re]tratos

13. Pérolas das Flores

14. Centelhas de idéias

Aparentemente falta um, mas fica reservado para um blog que está em gestação e que merece ser indicado, diferente dos outros indicados acima. Mas é preciso aguardar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Crônica: (In)Completo

(IN)COMPLETO

Achava-me completo. Sentia-me completo, sem lacunas, sem espaços, sem dúvidas ou questionamentos metafísicos que me aturdissem ou roubassem meu sono. Rumo traçado que era percorrido sem muitos solavancos. Alguns tropeços, sem quedas ou membros mutilados. Alguns soluços, mas nenhuma enfermidade que deitasse na cama por meses ou tolhesse minha liberdade. Alguns momentos de cansaço, porém uma breve pausa era suficiente para recuperar as forças e a vitalidade. Seguia em frente.

Olhar fixo no destino, no alvo. A correnteza surpreendeu-me, tirou-me do prumo, fiquei tonto. Atordoado pelo enorme buraco que descobri dentro de mim, pela cratera. Um vulcão adormecido que trepidava com abalos sísmicos. Lava que ressuscitava borbulhante e escaldante. Algo inexplicável fez-me questionar o caminho. Parei de pronto! Sentei-me debaixo de uma árvore e contemplei ao redor e o interior. O vazio não era de agora; já carregava a bolsa vazia nesta jornada. Os ventos, os terremotos, os maremotos, as chuvas com trovões e raios. Não era o aquecimento global ou o fim dos tempos. Era o aquecimento interior. Um turbilhão me atingia com uma força que pensava inexistir neste mundo, coisa de ficção científica ou de uma feiticeira poderosa.

Minhas pernas tremeram de medo; meu estômago revirou-se nauseado; minha cabeça pesou e quase desfaleci num desmaio profundo. Aquilo tudo era real. Sentia a realidade. Percebia a realidade. Não era efeito de droga alucinógena, mas um sentimento real que se descortinava diante de meus olhos através do reflexo dos teus olhos. Teus olhos.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Poesia da vida



"Às vezes temos percepções espantosas de que a realidade é dom de Deus. São momentos que chamo de epifanias – na verdade, simplesmente uso o termo para essa súbita aparição do ser em sua plenitude. É algo muito difícil de explicar, mas recentemente, por exemplo, eu estava andando numa das ruas mais prosaicas de São Paulo, a tal Cardoso de Almeida. Não sou paulista, fui conhecer a Cardoso de Almeida recentemente e quase a contragosto. Até que um dia estava andando nessa rua, entre um ônibus e duas árvores completamente empoeiradas, e subitamente aquilo tudo me causou um grande espanto. Foi um maravilhamento que não se explicava nem se justificava de maneira alguma, mas é como se aquele enigma que você é o obrigasse a espantar-se e ficar profundamente emocionado."


(TOLENTINO, Bruno. "Do Enigma ao Mistério". Revista Dicta & Contradicta, Junho 2008, número 01, p. 19)


Bruno Tolentino descreve a epifania do poeta. Aquele momento de transe, em que o poeta é arrebatado pelo banal e pelo simples, e com um olhar diferente, com óculos da emoção, vislumbra uma realidade diferente e profunda, aparentemente incompreensível ou imperceptível.


A poesia tem esta capacidade: arrebatar. Fazer-nos viajar sem sair do lugar. Fazer-nos sonhar acordados. Fazer-nos mergulhar no nosso interior e descobrir aqueles recantos escondidos de sentimentos e memórias.


A poesia é um arrebatamento do cotidiano. É olhar pela janela, como fazemos diariamente, mas notar algo de diferente. O canto de um pássaro, os brotos na árvore no início da primavera, uma criança a brincar, um idoso a caminhar seus passos lentos.




A poesia inebria, enleva, desperta-nos para algo de novo. A poesia descortina uma vida nova, um momento único que deve ser saboreado e desfrutado. Um dom de Deus, que compartilha a seiva divina com pobres e limitados mortais.




Encontrar o poema certo é muito relativo. A poesia depende do estado de espírito – assim como a música – para tocar a alma de forma gratuita e inesperada. A poesia pode ser singela. A poesia é sempre surpreendente. Como a vida. Como os sentimentos. Como um sorriso da pessoa amada. Podemos denominar estes momentos de maravilhamento por outros nomes, mas simpatizei com epifania. Todos temos momentos de epifania, basta observar!




Arrisque. Abra um livro de poesia a esmo e leia. Deixe a poesia inundar a vida.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Notas curtas e observações

Algumas notas curtas sobre fatos recentes.

1. O Código de Defesa do Consumidor foi alterado para determinar que as cláusulas contratuais de contratos de adesão sejam redigidas com letra não inferior a corpo 12. Agora tamanho de letra em contrato virou lei. Para que serve isto? Para absolutamente nada. Uma análise jurídica da questão está no Informativo Legal, para quem tiver interesse.

2. As pesquisas de boca de urna erraram de novo. Em São Paulo, as pesquisas indicavam que Marta Suplicy ficaria em primeiro lugar. Amargou o segundo lugar. A briga agora vai ser feia. E divertida. Quando Marta fica acuada e irritada, revela-se arrogante e solta pérolas como o famoso "relaxa e goza".

Vamos aguardar. Continuo achando que Kassab vai ser reeleito.

3. Domingo de eleição e comprei O Globo. Encontrar o jornal nas bancas de São Paulo é bastante fácil. O Globo traz uma excelente revista semanal encartada na edição dominical e é uma boa forma de arejar a cabeça com uma leitura diferente.

Mas, voltando à política, no Rio também o Ibope errou. Indicava Eduardo Paes e Crivella no segundo turno. Deu Gabeira. Confesso que torcia pelo Gabeira. Fiquei contente com o resultado da eleição carioca.

4. Talvez poucos tenham notado, mas repararam como a cidade de São Paulo não ficou suja com a eleição? Não houve boca de urna, não haviam outdoors pela cidade, nem pichações ou propagandas em muros. Nem faixas de candidatos. Incrível, mas o Cidade Limpa funcionou até na eleição.

Cidade Limpa é um programa da prefeitura que baniu outdoors da cidade. Sim, meus caros, em São Paulo outdoor é proibido. Retiraram a poluição visual da cidade. Muitas fachadas já foram pintadas e a cidade se descortinou. Achava que a proposta era pura demagogia, mas teve grande êxito e virou referência para outras grandes metrópoles. O Cidade Limpa ganhou meu voto e acho que de muitos outros paulistanos. Fui de Kassab e vou de novo!

5. Chegou a primavera e chegaram as chuvas. Tempo com cara de outono: chuva e friozinho.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Faça sua parte: vote consciente!


Volto ao tema às vésperas da eleição, pois não é possível ficar indiferente ao tema. Aproveito para dar sequência e responder aos comentários feitos no post Dito e Feito!

Horário eleitoral, debates, propaganda política. Sei que tudo isto é descartado pela maioria das pessoas. Sei – e noto nas conversas – que há um clima generalizado de desilusão com a classe política, com a falta de propostas, com a demagogia e a hipocrisia. A indignação "boa" arrefeceu no em todos os cantos do país. Muitos só votam por obrigação. Eu sou teimoso. Entendo a desilusão e a revolta, mas não concordo.

Votar é fundamental, principalmente numa eleição municipal, pois o prefeito afeta nossas vidas de forma mais direta e próxima. Posso ser repetitivo e "chover no molhado", mas é sempre possível encontrar um candidato que esteja próximo de nossas idéias e convicções. O voto nulo ou em branco é um voto no primeiro colocado da eleição. Explico. Juridicamente, voto branco ou voto nulo são considerados inválidos e não são computados pela justiça eleitoral. Ganha a eleição quem obtiver nas urnas a maioria dos votos VÁLIDOS. Protesto em eleição com urna eletrônica deixa de ter qualquer significado e não afeta o resultado, pois os votos inválidos são descartados. Seria o equivalente a dizer que o voto não existiu.


Há ainda um outro lado importante para ser lembrado. A forma como os adultos abordam e discutem o voto reflete na conduta da nova geração. Conscientizá-los é de suma importância, pois eles são o futuro do país e futuros eleitores. Se fizermos nossa parte – vote em quem quiser -, esta nova geração tomará consciência da importância do voto e agirá de acordo com sua visão de mundo. Nossos governantes são um reflexo dos eleitores. Afinal, foram escolhidos por nós!

Então, antes de reclamar, pense e faça sua parte: vote consciente!

Em tempo: Sobre o uso da máquina de governo, aguardem o 2o. turno em São Paulo para ver o que é uso da máquina de governo. A candidata que lidera as pesquisas já começou a tremer. Vai jorrar dinheiro de Bolsa Família em São Paulo.

Dicas da Dani: Céu


De vez em quando você se depara por acaso com um artista que já ouvira falar, mas que não havia degustado ainda. Foi assim que encontrei o primeiro álbum de Céu, cantora brasileira da nova geração da MPB, que se junta ao time de Vanessa da Mata, Roberta Sá, Mariana Aydar e das consagradíssimas Marisa Monte e Maria Rita.

Gravado pela Ambulante Discos, selo indenpendente, o álbum leva seu nome. Céu é paulistana, filha de músicos e seu primeiro trabalho veio à tona no segundo semestre de 2005. Dona de uma voz deliciosa, suas músicas têm um fundo de percussão que oscila entre o samba e o jazz, com pitadas típicas da mesclagem da música brasileira.

Diria que não fiz nenhuma descoberta. Apenas venho compartilhar o que não sabia, ou que talvez não tivesse ousado em experimentar.

O clipe é da música Malemolência.



MALEMOLÊNCIA (Alec Hait/Céu)

Veio até mim
Quem deixou me olhar assim
Não pediu minha permissão
Não pude evitar
Tirou meu ar
Fiquei sem chão
Menino bonito
Menino bonito ai
Ai menino bonito
Menino bonito ai
É tudo o que eu possolhe adiantar
O que é um beijo
Se eu posso ter o teu olhar
Cai na dança cai
Vem pra roda da malemolência