(IN)COMPLETO
Achava-me completo. Sentia-me completo, sem lacunas, sem espaços, sem dúvidas ou questionamentos metafísicos que me aturdissem ou roubassem meu sono. Rumo traçado que era percorrido sem muitos solavancos. Alguns tropeços, sem quedas ou membros mutilados. Alguns soluços, mas nenhuma enfermidade que deitasse na cama por meses ou tolhesse minha liberdade. Alguns momentos de cansaço, porém uma breve pausa era suficiente para recuperar as forças e a vitalidade. Seguia em frente.
Olhar fixo no destino, no alvo. A correnteza surpreendeu-me, tirou-me do prumo, fiquei tonto. Atordoado pelo enorme buraco que descobri dentro de mim, pela cratera. Um vulcão adormecido que trepidava com abalos sísmicos. Lava que ressuscitava borbulhante e escaldante. Algo inexplicável fez-me questionar o caminho. Parei de pronto! Sentei-me debaixo de uma árvore e contemplei ao redor e o interior. O vazio não era de agora; já carregava a bolsa vazia nesta jornada. Os ventos, os terremotos, os maremotos, as chuvas com trovões e raios. Não era o aquecimento global ou o fim dos tempos. Era o aquecimento interior. Um turbilhão me atingia com uma força que pensava inexistir neste mundo, coisa de ficção científica ou de uma feiticeira poderosa.
Minhas pernas tremeram de medo; meu estômago revirou-se nauseado; minha cabeça pesou e quase desfaleci num desmaio profundo. Aquilo tudo era real. Sentia a realidade. Percebia a realidade. Não era efeito de droga alucinógena, mas um sentimento real que se descortinava diante de meus olhos através do reflexo dos teus olhos. Teus olhos.
Achava-me completo. Sentia-me completo, sem lacunas, sem espaços, sem dúvidas ou questionamentos metafísicos que me aturdissem ou roubassem meu sono. Rumo traçado que era percorrido sem muitos solavancos. Alguns tropeços, sem quedas ou membros mutilados. Alguns soluços, mas nenhuma enfermidade que deitasse na cama por meses ou tolhesse minha liberdade. Alguns momentos de cansaço, porém uma breve pausa era suficiente para recuperar as forças e a vitalidade. Seguia em frente.
Olhar fixo no destino, no alvo. A correnteza surpreendeu-me, tirou-me do prumo, fiquei tonto. Atordoado pelo enorme buraco que descobri dentro de mim, pela cratera. Um vulcão adormecido que trepidava com abalos sísmicos. Lava que ressuscitava borbulhante e escaldante. Algo inexplicável fez-me questionar o caminho. Parei de pronto! Sentei-me debaixo de uma árvore e contemplei ao redor e o interior. O vazio não era de agora; já carregava a bolsa vazia nesta jornada. Os ventos, os terremotos, os maremotos, as chuvas com trovões e raios. Não era o aquecimento global ou o fim dos tempos. Era o aquecimento interior. Um turbilhão me atingia com uma força que pensava inexistir neste mundo, coisa de ficção científica ou de uma feiticeira poderosa.
Minhas pernas tremeram de medo; meu estômago revirou-se nauseado; minha cabeça pesou e quase desfaleci num desmaio profundo. Aquilo tudo era real. Sentia a realidade. Percebia a realidade. Não era efeito de droga alucinógena, mas um sentimento real que se descortinava diante de meus olhos através do reflexo dos teus olhos. Teus olhos.
2 comentários:
Tão bom redescobrir o calor do sentimento!!!
Beijos
Deve realmente dar um vazio muito grande quando um dia nos descobrimos assim, perdido!
O bom é que sempre podemos ir a luta e recomeçar.
Beijo
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