terça-feira, 9 de outubro de 2007

Reestatização da Vale do Rio Doce

O Congresso Nacional do PT realizado em São Paulo aprovou a coleta de assinaturas para que se realizasse um plebiscito nacional em favor da reestatização da Vale do Rio Doce. O resultado da consulta feita pelo PT e alguns "movimentos sociais" não atingiu o número mínimo de assinaturas necessárias para que se convocasse um plebiscito.

Acho a idéia estapafúrdia e retrógrada. Uma verdadeira aberração.

A Companhia Vale do Rio Doce é hoje uma das maiores empresas brasileiras e que tem atuação multinacional, assim como a estatal Petrobrás. Na semana passada, o valor de mercado da Vale do Rio Doce superou o valor de mercado da Petrobrás e levou a Vale a ser a empresa brasileira de maior valor na Bolsa de Valores de São Paulo.

A Vale cresceu depois da privatização. Como também cresceram as empresas quase quebradas Embraer, CSN, Cosipa... Reestatizar a Vale seria em primeiro lugar um retrocesso. Em segundo lugar, quem pagaria a conta seriam todos os brasileiros, pois tratar-se-ia de um processo de desapropriação de um bem privado, e a Consituição Federal exige que se pague a justa indenização ao titular do bem expropriado. Em terceiro lugar, uma Vale estatal perderia dinamismo e agilidade, o que comprometeria seus lucros, e por consequência, o valor de tributos que a Vale paga ao Governo. Em quarto lugar, os fundos de pensão, que são acionistas da Vale, receberiam menos dividendos e isto comprometeria a aposentadoria dos milhares de funcionários públicos, alguns deles que devem ser a favor da reestatização.

Não vou fazer uma lista de números para provar meu ponto. Sou contra a reestatização da Vale. O Brasil não é a Bolívia de Evo Morales, nem a Venezuela de Hugo Chávez. Não é hora de aumentar o tamanho do Estado, mas de reduzi-lo.

Quem sabe o presidente Lula deveria levar a ferro e fogo suas palavras, quando afirmou que o Estado precisa de um choque de gestão. Choque de gestão significa fazer mais com menos. Basta colocar gente competente no Governo que as coisas funcionariam. E este Governo não prima em recrutar pessoas competentes para cargos públicos.

2 comentários:

Fabiola disse...

Isso traria muita incerteza politica e finaceira
isso não é possivel!!

Unknown disse...

O que mais me surpreende é que essa manobra do PT tem apoio TOTAL da igreja católica!

Lementável...

Por falar em PT, você viu o desdobramento do post do "Congreço" lá no meu blog ?