(Foto do autor do blog)
Há cerca de 4 anos, ganhei uma orquídea branca. Bem, na verdade, não fui quem ganhei, mas ela veio morar aqui em casa, e aqui, quem cuida das plantas sou eu. Se não for eu, elas morrem – de sede ou afogadas. Uma bela orquídea branca. Passado algum tempo, as flores murcharam, enegreceram, perderam a vibração e caíram. Restou apenas um caule verde, que mais parecia um espeto curvado, tombado para um lado. Cheguei a achar que ela tinha morrido, mas impedi que fosse jogada fora. Deixei-a num canto da varanda, onde a regava e podia observá-la. As folhas continuavam vistosamente verdes, o que me incentivou nos cuidados.
Para minha surpresa, notei no final do mês passado alguns brotos no caule. Os brotos ganharam volume e transformaram-se em pequenas esferas fechadas. Duas semanas se passaram até que as flores desabrocharam. A orquídea saiu da varanda e ganhou um recanto sobre uma mesinha ao lado do sofá. Estava surpreso com o "renascimento"da planta e das flores. Tudo simples e corriqueiro, tudo banal, como uma flor que nasce, assim como tantas outras.
Na quinta-feira, crianças dormindo, a casa silente, lia o jornal quando lembrei-me de algumas palavras que tinha ouvido pela manhã sobre a importância de ter calma, de ser paciente, de que tudo tem o seu tempo. Olhei para a orquídea e sorri.
Fico fascinado como certas coisas e certas pessoas, aparentemente vindas do acaso inexplicável e imprevisível, conseguem mostrar-nos verdades tão simples e ao mesmo tempo tão profundas. Um momento de inspiração, de lucidez. Naquele momento, percebi como a orquídea era um perfeito exemplo de paciência, de calma. Ela ficou dormente por vários anos, mas não a joguei fora. Cuidei dela, esperei por ela e agora ela me brindava com sua beleza e iluminava meu final de dia. As palavras escritas naquela manhã se materializavam à distância numa singela flor.
Alguém irá entender que ter calma, ter paciência não é fácil, ainda mais num mundo que funciona numa velocidade cada vez maior. Temos pressa. A orquídea pedia calma. E naquele momento, o acaso uniu palavras escritas a uma flor que não fala – pelo menos não com a boca, se bem que acho que flores falam muitas coisas. Basta perguntar a uma mulher que as ganha de presente!
Pode parecer tolo, mas há momentos em que é preciso dizer para aquela pessoa que tem paciência e sabe estender a mão, que sabe dar – e provocar - um sorriso, que sabe ouvir quando mais precisamos: Obrigado por você existir!
Há cerca de 4 anos, ganhei uma orquídea branca. Bem, na verdade, não fui quem ganhei, mas ela veio morar aqui em casa, e aqui, quem cuida das plantas sou eu. Se não for eu, elas morrem – de sede ou afogadas. Uma bela orquídea branca. Passado algum tempo, as flores murcharam, enegreceram, perderam a vibração e caíram. Restou apenas um caule verde, que mais parecia um espeto curvado, tombado para um lado. Cheguei a achar que ela tinha morrido, mas impedi que fosse jogada fora. Deixei-a num canto da varanda, onde a regava e podia observá-la. As folhas continuavam vistosamente verdes, o que me incentivou nos cuidados.
Para minha surpresa, notei no final do mês passado alguns brotos no caule. Os brotos ganharam volume e transformaram-se em pequenas esferas fechadas. Duas semanas se passaram até que as flores desabrocharam. A orquídea saiu da varanda e ganhou um recanto sobre uma mesinha ao lado do sofá. Estava surpreso com o "renascimento"da planta e das flores. Tudo simples e corriqueiro, tudo banal, como uma flor que nasce, assim como tantas outras.
Na quinta-feira, crianças dormindo, a casa silente, lia o jornal quando lembrei-me de algumas palavras que tinha ouvido pela manhã sobre a importância de ter calma, de ser paciente, de que tudo tem o seu tempo. Olhei para a orquídea e sorri.
Fico fascinado como certas coisas e certas pessoas, aparentemente vindas do acaso inexplicável e imprevisível, conseguem mostrar-nos verdades tão simples e ao mesmo tempo tão profundas. Um momento de inspiração, de lucidez. Naquele momento, percebi como a orquídea era um perfeito exemplo de paciência, de calma. Ela ficou dormente por vários anos, mas não a joguei fora. Cuidei dela, esperei por ela e agora ela me brindava com sua beleza e iluminava meu final de dia. As palavras escritas naquela manhã se materializavam à distância numa singela flor.
Alguém irá entender que ter calma, ter paciência não é fácil, ainda mais num mundo que funciona numa velocidade cada vez maior. Temos pressa. A orquídea pedia calma. E naquele momento, o acaso uniu palavras escritas a uma flor que não fala – pelo menos não com a boca, se bem que acho que flores falam muitas coisas. Basta perguntar a uma mulher que as ganha de presente!
Pode parecer tolo, mas há momentos em que é preciso dizer para aquela pessoa que tem paciência e sabe estender a mão, que sabe dar – e provocar - um sorriso, que sabe ouvir quando mais precisamos: Obrigado por você existir!
Este post é dedicado a todas aquelas pessoas com quem podemos contar sempre, que nos ajudam sempre, mesmo quando há distância física.
4 comentários:
Nossa, me identifiquei muito com seu post hoje, Renato e digo por quê.
Ganhei anos atrás uma orquídea da minha sogra, que é louca por plantas e vive querendo encher minha casa delas, riso.
Ela floresceu no ano que meu filho nasceu, linda, até tiramos uma foto em família perto dela.
Depois disso, ficou igual a sua, nunca mais deu flor. Mas, mesmo assim continuamos com ela, cuidando.
Esse ano ela novamente deu flor e ficou linda.
Estava até pensando em colocar uma foto dela no blog.
Você tem razão, há de se ter paciência para tudo e é muito bom quando temos amigos que nos fazem perceber isso.
kkkk
as pessoas tem pressa.... muita pressa
Tem um samba do Paulinho da Viola que demonstra isso
Chama sinal fechado. São dois amigos que se encontram em um farol e na corria eles lamentam i tempo que nao se veem.
sempre penso muito nesta musica
Outra é paciência de lenine que é MARAVILHOSA eu e as musicas
estou enroladissa com minha monografia!!!
Amo orquídeas... é um exercício de paciência e perseverança esperar o tempo necessário para ver os brotos aparecerem, transformados em flores, em beleza...
Lições simples que dizem muito!
Beijos
Oi Renato, curiosidade mata!!!! Então fucei e achei o post que vc comentou, traduzi em foto o que vc escreveu. É isso mesmo, tudo tem seu tempo e paciência é essencial na nossa vida, né?!
Amo orquídeas, tenho vários exemplares em casa mas sou meio relaxada, não cuido delas como deveria. Agora imagine um bonsai, esse sim seria um exercício e tanto de paciência e dedicação.
Ah, obrigada pela visita e seja sempre bem vindo...
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