Fora de mim, fora de nós, no espaço, no vago
A música dolente de uma valsa
Em mim, profundamente em mim
A música dolente do teu corpo
E em tudo, vivendo o momento de todas as coisas
A música da noite iluminada.
O ritmo do teu corpo no meu corpo...
O giro suave da valsa longínqua, da valsa suspensa...
Meu peito vivendo teu peito
Meus olhos bebendo teus olhos, bebendo teu rosto...
E a vontade de chorar que vinha de todas as coisas.
(As coisas do alto. São Paulo : Cia. das Letras, 1993, p. 103)
A música longínqua de uma valsa para embalar o sonho na noite em que a lua volta a despontar no céu claro, ainda tímida, ainda crescente, mas na noite quente, ela dá o ar da graça e leva consigo o beijo, o pensamento, o carinho. Distância? Não há distância para sentimentos puros.
2 comentários:
Te encontrei pelos blogs aê e vim te visitar..
Sua máxima compreensão é singular ao ponto em que chego ao escrever no AveSSo...
"Distância? Não há distância para sentimentos puros."
Perfeito!!!
Abçs e bom domingo,
Texto de hoje: Grito...
Visite e Comente... http://oavessodavida.blogspot.com/
O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...
A lua sempre embala os românticos.
Você tem razão, não há distância quando o sentimento é puro e verdadeiro.
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