quinta-feira, 29 de maio de 2008

Palavras numa carta




Uma das coisas que mais me fascinam neste mundo blogueiro é a forma de interação das pessoas. A comunicação ganha novas facetas, com uma velocidade e alcance não imaginado pelo escritor. Um post despretensioso gerou uma interessante conversa, se é que podemos chamá-la assim, entre pessoas de lugares diferentes, com visões diferentes. Um campo de debate saudável, respeitoso e construtivo. Sinceramente, fico muito contente quando isto acontece neste blog.

Esta interatividade e a agilidade dada à comunicação é algo que me deixa estupefato. Quantas vezes me pego pensando em pessoas que conheci através da internet, por motivos profissionais ou pessoais. São aqueles caminhos inesperados do destino, do acaso, que nos conduzem a uma encruzilhada e nesta encruzilhada, duas vidas são tocadas. Este ponto de intersecção pode durar alguns segundos, alguns minutos e morrer. Ou então, pode se perpetuar por meses, anos, por toda a vida. Amizades surgem do nada. Não há olhares a se cruzar, mas palavras, afinidades, gostos musicais, ou alguém que desperta algo adormecido, que nos faz crescer, que nos mostra o mundo de outra perspectiva, que nos cativa. Poderia desfiar muitas outras situações, mas não terminaria este post nunca.

Alguns profetizavam que o email seria o fim das cartas, da comunicação escrita; que a internet acabaria com os livros; que os blogs e sites matariam os jornais impressos. Sempre fui cético com relação a estas posições mais radicais e apocalípticas. Acho que o livro jamais desaparecerá, desde que existam leitores. E a internet, além de aumentar a velocidade da comunicação, incrementa a leitura e a escrita. Hoje escrevo muito mais do que escrevia há 20 anos atrás quando tinha que escrever em papel. Minha letra sempre foi muito feia e morria de preguiça de responder às cartas de minha mãe, quando meus pais moraram nos Estados Unidos. As cartas - agora - são eletrônicas e minha letra legível.

Outro dia fiz o caminho inverso. Escrevi um bilhete numa viagem de avião. Uma pequena carta. Acabei não entregando-a, pois faltou-me a oportunidade. Mas, tinha que enviá-la. Digitalizei o texto com um scanner e enviei por email. Coisa meio maluca, mas chegou ao destinatário. Um email híbrido - meio papel, meio eletrônico. A carta cumpriu sua função. A escrita cumpriu sua função. Lançar as palavras no papel é um ato tão humano, tão pessoal, tão generoso. Generoso pois dedicamos tempo para escrever e deixamos brotar do interior, do coração o que queremos dizer. E uma carta só leva aquilo que queremos dizer a uma pessoa específica. Só uma pessoa. Uma carta pessoal leva palavras para somente aquela pessoa, uma pessoa única, uma pessoa especial.

Tenho enorme prazer em escrever este tipo de carta. Cartas que por vezes são longas e testam a paciência do leitor, mas envio-as para que produzam o gesto mais humano e espontâneo: o sorriso.

* * * * * *

Das crônicas publicadas neste blog, a mais acessada até hoje é Carta a uma amiga. Uma carta para produzir muitos sorrisos, e quem sabe algumas lágrimas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O vício e o jogo - uma opinião pessoal

Dividi o post em duas partes para não ficar muito grande. Em primeiro lugar, meu caro Daniel, agradeço sua visita e seu comentário.

Não tive a intenção de fazer apologia do jogo, nem incito minha filha a jogar ou apostar. Em nenhum momento - deixo claro - senti-me ofendido pelo seu comentário. Achei-o instigante do debate, uma das razões deste blog.

Vou tentar analisar a questão de uma ótica impessoal, porém não garanto que conseguirei.

Seu comentário foi de grande valia, pois alertou-me para o fato de que talvez tenha escolhido mal as palavras, o que pode ter levado a uma incompreensão, e a retificação se faz necessária.

Qualquer jogo, se bem aplicado, pode ser saudável e lúdico, importante no processo de formação da criança. Um jogo de bingo, uma partida de banco imobiliário, um jogo de cartas entre amigos tem o condão de divertir, de distrair e ensinar que nem sempre se vence. Tudo depende do comedimento e da forma como o jogo é ensinado. O jogo exagerado - que se torna vício - é tão danoso quanto a bebida ou as drogas. É um mal que pode destruir famílias e relacionamentos.

A brincadeira, por outro lado, é saudável. E é exatamente a brincadeira, ou o lado divertido, que procuro mostrar nas corridas de cavalo. Aprendi a ver nas corridas de cavalo um esporte. É divertido você escolher um cavalo e torcer para que ele ganhe, independente do jogo.

O Jockey Clube de São Paulo é um espaço de lazer aberto a todas as pessoas que passam por São Paulo. Há restaurantes, bares e espaço para as crianças brincarem. Um espaço central da capital paulista seguro e aberto, que permite tardes agradáveis nos finais de semana. Poucas pessoas sabem que para se ir ao Jockey não é necessário ser sócio. Poucas pessoas sabem que há espaço para as crianças brincarem e ver os cavalos correndo. O divertimento é gratuito. Nâo é preciso jogar para se divertir.

Do ponto de vista econômico, as corridas de cavalo no Brasil empregam inúmeras pessoas, nas mais variadas áreas. São veterinários, tratadores, cavalariços, jockeys, treinadores e criadores. A criação brasileira de cavalos de corrida (da raça Puro Sangue Inglês) é uma das melhores do mundo. Anualmente são exportados animais para os Estados Unidos, Europa, Ásia e África do Sul. O maior criador de cavalos de corrida na Argentina - onde a paixão pelo cavalo é muito maior que no Brasil - é brasileiro.

Escolher um cavalo num páreo, sem jogar, é divertido. Tudo pode ser visto como uma brincadeira. Assim aprendi desde criança e é desta forma que passo para os meus filhos. Não incentivo o jogo, mas a brincadeira de escolher quem vai chegar na frente.

O vício e o jogo - o comentário

Depois de alguns de descanso merecido, volto com a corda toda. Este blog apenas emendou o feriado.

Como já se tornou meu hábito, vou responder aos comentários do Daniel feitos no post Tal pai, tal filha, com um post separado - algo que tem se tornado rotina neste blog quando o assunto desperta uma discussão maior. E como disse o Daniel, este é democrátio e respeito posições contrárias. A polêmica é saudável e este é o espírito do blog.

Primeiro as palavras do Daniel e agradeço os elogios:

"Acho legal que vc queira que seus filhos compartilhem de suas paixões, mas, como esse blog parece ser democrático, proponho aqui uma discussão: até que ponto é saudável vc incentivar uma criança de 6 anos a apostar em cavalos?
Falo isso com conhecimento de causa, pois meu avô, que morava no Rio, era um frequentador assíduo do Jockey, na verdade era um viciado em corridas e perdeu muito dinheiro com isso, fazendo minha avó sofrer muito.
Não quero dizer com isso que sua filha será uma viciada, mas não podemos negar que é um jogo, um jogo legalizado, mas um jogo de sorte.Fica aqui meu ponto de vista, sem querer ofender ninguém.
Um abraço! "

"Tâmara, nem sempre um vício tem a ver com uma má orientação.
Se fosse assim, não veríamos tantos pais ótimos desesperados por verem filhos no mal caminho.
Talvez vc seja amiga do Renato e acompanhe de perto sua família, mas eu só posso me basear no que li aqui.
Só quem já teve a sensação de ganhar um páreo, sabe o que é...não importa o valor, o que importa é a sensação de vitória e é isso que torna as corridas de cavalo tão fascinantes!
Sou pai de três filhos, um de 12, um de 10 e uma menina de 7 anos. Ganhar pra eles é sempre o máximo, seja no que for, até em jogo de ping-pong.
Imagina então uma criança que vê o cavalo que ela escolheu ganhando o grande prêmio? Ela deve ter contado pra todas as amiguinhas da escola e pode ter certeza que todas as vezes que ela for ao Jockey, vai querer escolher o cavalo, pra ter a mesma sensação de vitória que teve...isso é compreensível, esperado e lógico!
E é nesse ponto que entra meu questionamento do ser saudável ou não.
Renato, não estou querendo ofender, é somente minha opinião. Sou jornalista e como estou fazendo uma matéria sobre blogs, tenho entrado em vários. O seu é muito interessante, bem escrito, tem conteúdo e já li outros posts seus falando sobre educação de filhos, inclusive um que vc levou-os para participar de uma maratona infantil, achei muito legal.
Só quis levantar a questão como um alerta, pois vivi isso dentro de minha família e sem entrar em detalhes, quase houve tragédia.
Não vou mais criar polêmica.
Um grande abraço. "

terça-feira, 20 de maio de 2008

Tal Pai, Tal Filha

Foto da Arquibancada Social de Cidade Jardim


Desde que conheço por gente, freqüento corridas de cavalo. Fui levado pelo meu pai, que por sua vez foi levado pelo seu pai. Sou a terceira geração de turfistas, espécie em extinção. Raro encontrar alguém, no Brasil, que goste de corridas de cavalo com menos de 50 anos.

Faço parte, portanto, desta espécie rara. Continuo freqüentando o Jockey Clube de São Paulo, principalmente nas tardes ensolaradas de finais de semana e levo meus filhos sempre junto comigo. Paixão por cavalo é algo que passa de pai para filho. E, claro, gostaria muito que meus filhos compartilhassem disto.

Domingo passado foi realizado o Grande Prêmio São Paulo, que é a corrida mais importante do turfe paulista. Este ano houve transmissão ao vivo pela Globo. As fotos que ilustram este post são do Hipódromo de Cidade Jardim, em São Paulo.

Minha filha, que agora já sabe ler, ficou toda interessada no programa e o que queria dizer aquelas informações. Como meu pai fez comigo, fiz com ela. Expliquei item a item, o nome do jóquei, a filiação do cavalo, o criador, o treinador, o peso e mais algumas coisas. Pedi que ela escolhesse um cavalo, que desse um palpite sobre quem iria ganhar o GP São Paulo. Ela, toda compenetrada, estudou o programa e disse:

- Gostei do número 4, pai.

Pois bem, joguei no cavalo que ela tinha escolhido e dei a poule a ela. Meu palpite era outro, bem diferente da escolha dela.

O páreo foi corrido e o ganhador foi...exatamente, o número 4, Jeune-Truc! Ela acertou em cheio! Em poucos segundos fiz uma viagem no tempo e voltei a 1977. Foi a primeira que ouvi um Grande Prêmio São Paulo pelo rádio. Foi a primeira vez que escolhi um cavalo no São Paulo. Meu palpite era diferente do meu pai. Meu palpite era Donética, a única égua do páreo e uma das melhores éguas que já correu no Brasil. Eu, com meus 6 anos de idade – idade igual à da minha filha -, acertei o páreo.

A história se repetiu de forma singela. E o pai ficou todo contente. Coincidências da vida sempre fascinante.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Poesia: SONHO POR TI

SONHO POR TI

Sem rumo na vida estou
Página dolorida virada
Memórias ainda ardem
Brasa acesa que incendeia
Recoberta de cinzas
Calada diante da ausência
A voz aquieta-se
E silencia.

A brisa suave não afaga teus cabelos
As estrelas não refletem teus olhos
O brilho esvaneceu-se
O tempo e as águas do mar
Apagaram os sulcos na areia
Apagaram as cores vivas do teu rosto
Apagaram o amor do teu coração
Apagaram o sorriso dos teus lábios.

Restou-me a solidão
Restou-me o desejo
Restou-me a lembrança
Restou-me um sonho.

(outubro 1997)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Teste de Cálculo

Foi descoberto que o nosso cérebro tem um Bug. Aqui vai um pequeno exercício de calculo mental !!!!

Este cálculo deve fazer-se mentalmente e rapidamente, sem utilizar calculadora nem papel e caneta!!!Seja honesto… faça cálculos mentalmente….

Tens 1000, acrescenta-lhe 40.
Acrescenta mais 1000.
Acrescenta mais 30 e novamente 1000.
Acrescenta 20. Acrescenta 1000 e ainda 10.

Qual e o total? (resposta abaixo)

O teu resultado é: 5000 ?
A resposta certa e 4100 !!!!
Se não acreditar, verifique com a calculadora. O que acontece e que a seqüência decimal confunde o nosso cérebro, que salta naturalmente para a mais alta decimal (centenas em vez de dezenas).

Crédito ao blog 30 & Alguns.

domingo, 11 de maio de 2008

Para bom entendedor...

Tenho cá com os meus botões de que quando uma pessoa está convicta de sua impunidade, de que o cargo exercido lhe garantirá influência suficiente para evitar qualquer prejuízo, condenação ou punição, esta pessoa simplesmente despreza uma boa defesa e abusa de argumentos risíveis. Talvez estes argumentos colem num sindicato, num condomínio, num clube. Mas quando se trata de enganar todos os brasileiros, a história é muito diferente.



Vejamos algumas pérolas:



"Quantos Paulinhos existem no Brasil? Eu não sou o Paulinho do grampo." - foi mais ou menos isto que foi dito.



"Sou presidente de uma central sindical e represento 10 milhões de trabalhadores. O que eu ia fazer com R$ 300 mil ?" - se ele não sabe o que fazer com 300 mil reais, manda para mim que eu sei o que fazer com o dinheiro. Mas reparem que o tiro saiu pela culatra. A impressão clara que fica desta frase é: na Força Sindical eu embolso muito mais do que R$ 300 mil. Ou em outras palavras, com 10 milhões de trabalhadores que tem sua contribuição confederativa descontada em folha automaticamente, a fonte de dinheiro jorra sem esforço.



"Quantas mulheres de Paulinhos têm suas ONGs?" - gozado como toda mulher ou parente de político tem uma ONG que recebe recursos públicos. A sogra do Cid Gomes, governador do Ceará, o que levou a sogra para passear de jatinho na Europa, também tem uma ONG. O Luis Favre, marido da Marta Suplicy, também tem uma ONG. Coincidência ou não, todas estas ONGs recebem repasse de verbas públicas. Isto deveria ser proibido, mas não é.



Aguardemos qual será a próxima pérola do nobre Deputado Federal.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Crônica: Sem Vento

O tempo parecia parar. O ronco dos carros parecia silenciar. O sol da tarde de outono não esquentava e iniciava o recolhimento por detrás do horizonte, mais cedo dos que nos longos dias de verão. Era um sábado. O livro, que repousava sobre suas mãos, era percorrido sem que as palavras fizessem algum sentido, ou que se atentasse para o drama dos personagens. Só lhe interessava o seu drama. O livro era mera distração para deixar o tempo caminhar no seu ritmo peculiar.

Tudo estava igual, mas diferente. Um senso de estranheza arrebatou-lhe, como se olhasse a realidade de fora, do alto, como se ele não pertencesse a esta realidade. Sentiu-se um hóspede dentro de sua própria casa, um alienígena num planeta distante. Teve vontade de fugir, de sair correndo, sem rumo. Teve vontade de gritar qualquer coisa, pois estava mudo. Teve vontade de chorar, de se esconder.

O sol se pôs e ele não acendeu o abajur na mesa lateral. Deixou a penumbra invadir a sala. Falta de luz que se harmonizou com o seu interior. O veleiro havia arriado as velas. Não havia vento. Estava à deriva há alguns dias, mas só hoje percebera sua imobilidade. Absorto na rotina, não notara que a vida passava, mas o barco não se movia. Não havia vento. Ou melhor, não havia rumo traçado, nem objetivo a ser perseguido. Esquecera-se da rota e deixou-se perder na espera.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

VELHA INFÂNCIA, Tribalistas

Para não ficar só escrevendo, uma das 6 músicas. Amanhã tem crônica nova!


Viagem musical

A Tâmara, do Intimidade, convidou-me a participar de um desafio. Agradeço o mimo e digo desafio, pois listar 6 músicas que marcaram minha vida é bem difícil, mas vamos lá!

O título do post indica meu critério de seleção: músicas que me fazem viajar, que me lançam saudades e devaneios deliciosos.

1. WITH OR WITHOUT YOU (U2)
Estava nos Estados Unidos quando o U2 estourou com esta música...recordações de juventude, quando tinha lá meus 16 anos.

2. DON´T YOU FORGET ABOUT ME (Tears for Fears)
Uma semana antes de voltar para o Brasil, depois de morar 4 anos nos Estados Unidos, dedicaram esta música numa festa com amigos. Foi um momento que me marcou muito.

3. PRA DIZER ADEUS (Titãs)
Esta música diz muita coisa. Uma daquelas músicas que parece descrever uma situação perfeita.

4. VELHA INFÂNCIA (Tribalistas)
Nâo consigo ouvir esta música e continuar a fazer o que estava fazendo. Ela me transporta. Leva-me para longe, para ares distantes, para a beira da orla, para um cenário onde pensamentos são transmitidos com uma sintonia telepática única. Confuso? Não para quem está em sintonia!

5. EVERYTHING (Michael Bublé)
Because YOU are everything! Por tudo aquilo que me faz sorrir e muda meu ânimo. Nada como ouvir esta música no trânsito de São Paulo para viajar muito!

6. SOMEWHERE ONLY WE KNOW (Keane)
Porque música leva-me a lugares aparentemente imaginários, mas muito reais.

Deixei de fora Paula Toller, Djavan, Colbie Caillat, Maná e tantos outros. Mas regra é regra.

Repasso o desafio para os blogueiros:

Lila - Lonely Avenue

Fabiola - Pensar de uma Mulher

Edna - Pensamento Nosso

Simone - Ventos de Mudanças

Denise - Uma estrela no céu

R Lima - O Avesso da Vida

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Perseguindo o Acaso


Nos dois últimos livros que li por inteiro, algo chamou-me a atenção de forma bastante discreta. Não é algo que fica claro ao leitor, mas marcou-me. As obras são díspares – Órfãos do Eldorado tem sua narrativa situada na Amazônia dos anos 50 e A cada um o seu na Sicília, em 1964 -, mas há um elemento que permite que as estórias se desenvolvam. Este elemento chama-se acaso.

Tanto no primeiro, como no segundo livro, o acaso tem um papel fundamental em permitir que a estória se desenvolva, que os eventos se sucedam de forma a se encaixar e permitir o enredo. São apenas exemplos pessoais meus. Alguém poderia afirmar que se não fosse o encontro casual de Bentinho com Escobar, que saía da casa de Escobar após visitar Capitu, Bentinho jamais teria questionado a fidelidade de Capitu. Aquele encontro casual descortina toda uma série de dúvidas em Bentinho, tema central de Dom Casmurro.

A literatura e a vida apresentam-nos com o acaso constantemente. O acaso permeia toda a vida e as grandes obras literárias. É o acaso que une amigos, é o acaso que salva uma vida, é o acaso que aproxima dois seres de forma sutil e um dia seus olhares se cruzam e brilham. É o acaso que permite que bons negócios sejam fechados. É o acaso que nos surpreende de forma repentina, silenciosa. O acaso nos brinda com bons momentos, com ótimos momentos. Basta repararmos, basta estarmos atentos para estas pérolas do nosso dia. Afinal, nada acontece por acaso.