Uma das coisas que mais me fascinam neste mundo blogueiro é a forma de interação das pessoas. A comunicação ganha novas facetas, com uma velocidade e alcance não imaginado pelo escritor. Um post despretensioso gerou uma interessante conversa, se é que podemos chamá-la assim, entre pessoas de lugares diferentes, com visões diferentes. Um campo de debate saudável, respeitoso e construtivo. Sinceramente, fico muito contente quando isto acontece neste blog.
Esta interatividade e a agilidade dada à comunicação é algo que me deixa estupefato. Quantas vezes me pego pensando em pessoas que conheci através da internet, por motivos profissionais ou pessoais. São aqueles caminhos inesperados do destino, do acaso, que nos conduzem a uma encruzilhada e nesta encruzilhada, duas vidas são tocadas. Este ponto de intersecção pode durar alguns segundos, alguns minutos e morrer. Ou então, pode se perpetuar por meses, anos, por toda a vida. Amizades surgem do nada. Não há olhares a se cruzar, mas palavras, afinidades, gostos musicais, ou alguém que desperta algo adormecido, que nos faz crescer, que nos mostra o mundo de outra perspectiva, que nos cativa. Poderia desfiar muitas outras situações, mas não terminaria este post nunca.
Alguns profetizavam que o email seria o fim das cartas, da comunicação escrita; que a internet acabaria com os livros; que os blogs e sites matariam os jornais impressos. Sempre fui cético com relação a estas posições mais radicais e apocalípticas. Acho que o livro jamais desaparecerá, desde que existam leitores. E a internet, além de aumentar a velocidade da comunicação, incrementa a leitura e a escrita. Hoje escrevo muito mais do que escrevia há 20 anos atrás quando tinha que escrever em papel. Minha letra sempre foi muito feia e morria de preguiça de responder às cartas de minha mãe, quando meus pais moraram nos Estados Unidos. As cartas - agora - são eletrônicas e minha letra legível.
Outro dia fiz o caminho inverso. Escrevi um bilhete numa viagem de avião. Uma pequena carta. Acabei não entregando-a, pois faltou-me a oportunidade. Mas, tinha que enviá-la. Digitalizei o texto com um scanner e enviei por email. Coisa meio maluca, mas chegou ao destinatário. Um email híbrido - meio papel, meio eletrônico. A carta cumpriu sua função. A escrita cumpriu sua função. Lançar as palavras no papel é um ato tão humano, tão pessoal, tão generoso. Generoso pois dedicamos tempo para escrever e deixamos brotar do interior, do coração o que queremos dizer. E uma carta só leva aquilo que queremos dizer a uma pessoa específica. Só uma pessoa. Uma carta pessoal leva palavras para somente aquela pessoa, uma pessoa única, uma pessoa especial.
Tenho enorme prazer em escrever este tipo de carta. Cartas que por vezes são longas e testam a paciência do leitor, mas envio-as para que produzam o gesto mais humano e espontâneo: o sorriso.
* * * * * *
Das crônicas publicadas neste blog, a mais acessada até hoje é Carta a uma amiga. Uma carta para produzir muitos sorrisos, e quem sabe algumas lágrimas.
Esta interatividade e a agilidade dada à comunicação é algo que me deixa estupefato. Quantas vezes me pego pensando em pessoas que conheci através da internet, por motivos profissionais ou pessoais. São aqueles caminhos inesperados do destino, do acaso, que nos conduzem a uma encruzilhada e nesta encruzilhada, duas vidas são tocadas. Este ponto de intersecção pode durar alguns segundos, alguns minutos e morrer. Ou então, pode se perpetuar por meses, anos, por toda a vida. Amizades surgem do nada. Não há olhares a se cruzar, mas palavras, afinidades, gostos musicais, ou alguém que desperta algo adormecido, que nos faz crescer, que nos mostra o mundo de outra perspectiva, que nos cativa. Poderia desfiar muitas outras situações, mas não terminaria este post nunca.
Alguns profetizavam que o email seria o fim das cartas, da comunicação escrita; que a internet acabaria com os livros; que os blogs e sites matariam os jornais impressos. Sempre fui cético com relação a estas posições mais radicais e apocalípticas. Acho que o livro jamais desaparecerá, desde que existam leitores. E a internet, além de aumentar a velocidade da comunicação, incrementa a leitura e a escrita. Hoje escrevo muito mais do que escrevia há 20 anos atrás quando tinha que escrever em papel. Minha letra sempre foi muito feia e morria de preguiça de responder às cartas de minha mãe, quando meus pais moraram nos Estados Unidos. As cartas - agora - são eletrônicas e minha letra legível.
Outro dia fiz o caminho inverso. Escrevi um bilhete numa viagem de avião. Uma pequena carta. Acabei não entregando-a, pois faltou-me a oportunidade. Mas, tinha que enviá-la. Digitalizei o texto com um scanner e enviei por email. Coisa meio maluca, mas chegou ao destinatário. Um email híbrido - meio papel, meio eletrônico. A carta cumpriu sua função. A escrita cumpriu sua função. Lançar as palavras no papel é um ato tão humano, tão pessoal, tão generoso. Generoso pois dedicamos tempo para escrever e deixamos brotar do interior, do coração o que queremos dizer. E uma carta só leva aquilo que queremos dizer a uma pessoa específica. Só uma pessoa. Uma carta pessoal leva palavras para somente aquela pessoa, uma pessoa única, uma pessoa especial.
Tenho enorme prazer em escrever este tipo de carta. Cartas que por vezes são longas e testam a paciência do leitor, mas envio-as para que produzam o gesto mais humano e espontâneo: o sorriso.
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Das crônicas publicadas neste blog, a mais acessada até hoje é Carta a uma amiga. Uma carta para produzir muitos sorrisos, e quem sabe algumas lágrimas.