quinta-feira, 28 de maio de 2009
Crônica: Vazão
terça-feira, 26 de maio de 2009
O copo meio cheio
É conhecida a estória de um copo que está com água até a metade. Alguns olham para o copo e dizem que ele está meio cheio. Outros dizem que está meio vazio. Nos Estados Unidos, famosos por suas rosquinhas (doughnuts), o dito popular é semelhante. "Some see the doughnut, others see the hole."
Estamos numa fase de reorganização do escritório, com mudanças de pessoas e novas perspectivas. Todo processo é desgastante e algumas pessoas têm a tendência a olhar apenas os pontos negativos, a pensar pequeno, a desanimar diante dos novos desafios.
Durante o almoço, tive uma longa conversa com colega do escritório e insistia em ver apenas pontos negativos. Cheguei a contar mentalmente até 10 para não perder a paciência com tanta carga negativa e pessimismo. Tive vontade de dizer - mas não disse – que se não acredita em você mesmo, então pegue suas coisas e se mande.
O otimista tem que ser antes de tudo realista e ter plena consciência de seus limites, mas com fé de que todo problema tem uma solução. Por vezes é preciso ser muito criativo; outras vezes é preciso muita paciência para tatear na escuridão das nuvens negras que encobrem o céu estrelado. Mas, no final, com determinação o resultado é sempre positivo.
A vida, neste ponto, tem sido generosa comigo em me apresentar pessoas que despertam coisas boas que nem sequer imaginava ou conhecia a meu respeito. Traços da personalidade que afloram contagiados por palavras amigas e de incentivo constante. Pessoas que não precisam estar presentes, nem fisicamente ao meu lado, mas que sabem com uma ou duas palavras injetar ânimo para a jornada e para os desafios constantes que se apresentam. Com o passar dos anos, convenci-me de que pessoas que nos querem bem são raras, mas tesouros que chamamos de amigos.
Sempre vejo o copo meio cheio. E quando começo a titubear, basta lembrar daqueles que estão ao nosso lado para voltar a perceber o copo meio cheio.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Lá vem o 3 subindo a ladeira...
Talvez Lula diga mais tarde que não sabia de nada.
terça-feira, 19 de maio de 2009
I won´t dance, Jane Monheit e Michael Buble
sábado, 16 de maio de 2009
Prosa, poesia e inspiração
Crônica: Ela, em prosa
Há algo nela que me arrabatou, que me entorpeceu e fez despertar para uma nova dimensão que não imaginava existir. Ela é poesia corporificada, prosa poética, música materializada. Ela é fruto dos meus sonhos, porém deles nunca desperto. Sonhos são irreais e ela é tão verdadeira, tão real, tão dona de si que me apequeno diante dela.
Há algo nela de brilhante, descortinado pelos olhos castanhos, pelo olhar incisivo que parece ler minha alma. Olhar que me estremece e bambeia as pernas, que revira meu estômago, que provoca arrepios por todo o corpo, que aquece a minha pele. Olhar que despertou de um sono profundo meu pobre coração.
Há algo nela que dominou este pobre coitado e adormecido coração. Não há cabresto capaz de segurar a disparada do coração, este órgão que não obedece à razão, que rejeita ordens e segue seu caminho, aprontando e conduzindo o corpo por caminhos impensados e repletos de sentimentos sublimes que só ele é capaz de proporcionar. Coração saltitante que se move num ritmo acelerado e no batuque dos melhores sambas. Ela laçou meu coração indomável.
Há algo nela de poderoso que me cativou. Um campo magnético de poder fantástico capaz de atrair o mesmo pólo. Ela é puro pólo positivo. Não seria capaz de listar um ponto negativo, talvez porque inebriado pela tua beleza. Talvez porque mergulhado na tua imagem, tudo é luz. Teus longos cabelos escorrendo pelos ombros, jogados de lado, ou soltos, enquadram o rosto de sorriso alvo e iluminado.
Há algo nela que mexeu comigo de forma inesperada. Flutuei e voei. Levitei e gritei. Cantei e delirei. Ela é a culpada por todos estes momentos de profunda alegria, de sentimentos juvenis que podem causar um infarto num homem de idade avançada. Enfim, quando desacreditava no amor, na beleza, na amizade, na vida, ela surgiu. Retirou a carapaça que se formara ao redor do congelado coração. O veneno, que corria nas veias, foi imunizado. O sol nasceu novamente e a culpa é dela.
Posso escrever linhas e linhas e tentar descrever o impossível. Seriam rodeios inúteis. Sentimentos escapam e não cabem em palavras. Estas linhas são dela, para ela. Há algo nela que não consigo descrever. Magia é mistério. Ela é um mistério. Só sei, que o sentimento me fez renascer. Há algo nela que me faz renascer a cada dia.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Poesia: ELA
quinta-feira, 14 de maio de 2009
De onde vêm os sonhos?
Quando uma criança faz a pergunta, a resposta fica muito mais difícil. Por que será que é difícil traduzir de forma simples coisas complexas de modo a que aquele que nos interroga compreenda e tenha acesso ao mundo complexo? Será que complicamos demais as coisas simples? A pergunta não é banal e expressa uma curiosidade natural e positiva de toda criança que descobre o mundo à sua volta. E sonha com este mundo. E quer realizar seus sonhos neste mundo.
Sonha com um cachorro de presente de aniversário, ou uma bola, ou uma bicicleta, ou um vídeo game, ou...
Sonhar não custa nada, já dizia a famosa letra do samba-enredo. Basta fechar os olhos e dormir. Muitas vezes, nem dormir é necessário. Toda noite compramos um ingresso para um filme que não sabemos o enredo, não conhecemos os atores, não temos ideia do que ele nos reserva. O sonho – aquele que acontece quando dormimos – é sempre uma surpresa. Seria bom se pudéssemos programar com o que sonhar. Ou talvez não!
Há pessoas que sempre nos visitam nos sonhos, de forma repetida. Há sonhos sem nexo, sem cor, sem som. Há sonhos que nos fazem suar, gritar e gemer. Há sonhos que causam arrepios e sonhos que causam prazer. Há sonhos que nos deixam angustiados e preocupados. Há sonhos premonitórios e visionários. Há sonhos de todos os tipos, mas eles nunca se repetem e, às vezes, acabam na melhor parte.
De onde vem os sonhos eu não sei, mas sei que sonhar é muito bom.