segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Maturidade e envelhecimento


Minha irmã fez 30 anos ontem. Ultrapassei esta barreira temporal há 6 anos. Como muitos, fiquei chateado, levemente deprimido diante de uma nova realidade. Diria que senti-me um pouco velho. Isto passou, claro, e hoje vejo a atual idade e fase da vida com outros olhos. A maturidade e o envelhecimento não são motivos para achar que estamos perdendo algo. Interpreto esta fase como um novo momento cheio de oportunidades e novas experiências.


Li em alguns blogs uma celebração da vida por pessoas com mais de 30 anos e achei que o tema merecia um post. Talvez não tão inspirado como os textos que li (Alessandra Raed , Bicho Solto - no post "e 29 anjos me saudaram" e Balzaquianas), mas deixo minha singela opinião para discutirmos. Todos os posts indicados foram escritos por mulheres refletindo e fazendo uma retrospectiva de suas vidas.


A maturidade deixou de ser algo assustador e temido - ainda que haja uma propaganda massificante em torno da eterna juventude - e passou a ser algo apreciado. Aprendemos a desfrutar do momento da vida em que nos encontramos, sem ficar chorando ou se lamentando. Outro dia conversava com uma amiga e dizia que prefiro a minha fase atual à minha fase com 20 e poucos anos. Vejo o mundo de forma diferente hoje. Vejo as pessoas de forma diferente hoje. Descobri novos defeitos, mas também descobri coisas novas a meu respeito. Aprendi a entender melhor as pessoas que estão próximas - ou distantes fisicamente, mas sempre próximas em pensamento.


Surpreendi-me, na recente mudança de escritório, com o desapego a certas coisas materiais. Sempre guardei tudo, desde coisas importantes até coisas inúteis. Desta vez, muitas estão indo para o lixo - ou reciclagem se for papel, já que aprendi a ser mais consciente ambientalmente. E o ato de jogar coisas fora, de limpar o peso morto tem me dado nova vitalidade e um renovado senso de liberdade.


Maduro, não encaro certas coisas como fracassos devastadores, mas momentos de aprendizado ao longo desta jornada que chamamos vida.


Digo isto sem esquecer das coisas simples da vida e daquelas oportunidades para brincar e voltar a ser criança. A maturidade que se descortina diante dos meus olhos revelou-se mais interessante e empolgante do que imaginava e abraço estas novas experiências como um aluno sedento por aprender.


(Para quem tiver interesse em ler o artigo sobre Maturidade Feliz, publicado na edição 56 da Revista Simples e mencionado em outro post, deixo o link.)

5 comentários:

Edna Federico disse...

Eu passei bem a mudança para a faixa do "inta"...acho que ultimamente que isso vem me pesando mais, mas nada assim assustador.
Acho que na verdade o bicho é menos feio do que pensamos, riso.
A maturidade traz muita coisa boa...tem que ter alguma compensação em ficar mais velho, né? riso
Tem convite pra você lá no blog

Fabiola disse...

Eu tb entrei para os inta. Sinceramente gosto de mim mais agora.
Não sei exatamente se é pela idade ou pela Paola. Filhos, faz muito bem para gente. Traz uma maturidade incrivel, né?

Simone disse...

faço coro com as meninas. Tb "sou mais eu" agora. apesar de que ainda me acho uma criança, rs

ana b. disse...

ai, nem vou comentar... eu já entrei na casa dos enta!!! rs
renato, queria te pedir um favor: a fabiola me disse q talvez vc pudesse me ajudar com o tema "direitos autorais" na net. queria ter + informações, + técnicas, de um profissional, com links, artigos, essas coisas.
vc pode me ajudar?
abs
ana

Anônimo disse...

Tb concordo que a maturidade traz mais serenidade e inteligência para lidar com certas situações.
Me sinto melhor agora do que quando tinha 20 anos, apesar de que quando olho no espelho já vejo os efeitos da idade, rs.