Carlos Drummond de Andrade faleceu em 17 de agosto de 1987 deixando uma das obras poéticas mais profícuas e admiradas. O poeta do cotidiano, o poeta que via no cotidiano poesia, angústia e questionamento existencial. Um poeta que transcende o comum para elevá-lo ao plano de indagação espiritual do homem contemporâneo.
Poesia que é aparentemente simples, mas revela-se um claro enigma. Poesia para ser degustada com vagar e tempo. Poesia para ser lida e relida e ela sempre nos trará algo de novo.
Descobri Drummond na época da faculdade, período de questionamentos, levemente depressivo, em que um jovem estudante se depara com a implementação de seus sonhos e percebe que muitos sonhos não se realizarão, vendo-se frustrado. O poeta acompanhou-me naqueles anos e permaneceu adormecido até pouco tempo atrás, quando voltei a mergulhar no seu universo. Um universo rico e delicado, um universo profundo e sensível, um universo belo e acessível.
Em artigo publicado no Caderno de Fim de Semana do Jornal Valor Econômico, José Castello sintetiza a poesia de Drummond: "O anonimato, contra todas as idéias de consagração e de mito, que sustenta a imagem do poeta como a de um homem que faz o que não escolheu e existe apesar do que escreve. A distância que separa o poeta de seus leitores, o que comprova o caráter mágico da poesia, estranha carta sem destinatário e que, apesar disso, seduz os que a lêem. As ilusões, enfim, que cercam a figura do poeta, a quem são atribuídos valores que, no entender de Drummond, não lhe dizem respeito e glórias que ele não fez por merecer". (3, 4 e 5 de agosto de 2007, p. 16)
Fica aqui minha homenagem e lembrança desta data e do grande poeta.
3 comentários:
E viva Drummond, sempre!
Lindo!!1
muito bom!!
Grande poeta!
Meu blog está recheado de textos de Drummond.
Eu tirei foto com eleeee, la no posto 6...rs
Bjosss
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