Janelas Fechadas narra a estória de uma família simples que reside no arrabalde de Anil, no Maranhão. A mudança de D. Binoca, Benzinho e Juca para os arredores de São Luís é causada pela gravidez de Benzinho.
Benzinho é uma jovem bonita. "O espelho da parede repetia a figura suave de Benzinho, morena, alta, olhos claros, os cabelos apanhados para trás, as mãos bem tratadas. E como era bonita, o sorriso acentuava-lhe a beleza com as covinhas laterais e a claridade da dentadura."
A vida deste vilarejo se desenvolve sempre centrada na casa onde a família mora, diante da última parada do bonde. As grandes janelas da casa são a porta para o mundo. Da sala, avista-se a rua e o bonde quando passa. As janelas se fecham quando Benzinho não quer contato com o exterior, quando fica reclusa em sua casa. E Benzinho vive a esperar que desça do bonde o pai de seu filho. Aguarda ansiosa uma carta do homem a quem se entregou. Mantém o nome do pai de seu filho em segredo, como havia jurado fazer. A espera pela carta e a ansiedade quando passa o bonde são o pano de fundo do romance.
Parece-me que Josué Montello quis usar as janelas e a casa como uma analogia de nossa alma. Fechamos as janelas, fechamos os olhos, recolhemo-nos quando há situações na vida que nos voltam para dentro. Benzinho vive a esperar, fiel ao que prometera. Deixa a vida passar, no ritmo calmo e pacato do Anil. Mas como tudo na vida, há uma hora para mudar, para voltar a viver e não deixar o tempo apenas passar.
O autor usa de características externas das personagens para traçar seus perfis. O leitor consegue então penetrar na vida de cada uma daquelas pessoas, como um pássaro que observa do alto o desenrolar da trama.
Não vou revelar o que acontece. Este post é só um aperitivo para que o livro seja degustado em sua inteireza. O romance é delicioso e merece ser lido.
Benzinho é uma jovem bonita. "O espelho da parede repetia a figura suave de Benzinho, morena, alta, olhos claros, os cabelos apanhados para trás, as mãos bem tratadas. E como era bonita, o sorriso acentuava-lhe a beleza com as covinhas laterais e a claridade da dentadura."
A vida deste vilarejo se desenvolve sempre centrada na casa onde a família mora, diante da última parada do bonde. As grandes janelas da casa são a porta para o mundo. Da sala, avista-se a rua e o bonde quando passa. As janelas se fecham quando Benzinho não quer contato com o exterior, quando fica reclusa em sua casa. E Benzinho vive a esperar que desça do bonde o pai de seu filho. Aguarda ansiosa uma carta do homem a quem se entregou. Mantém o nome do pai de seu filho em segredo, como havia jurado fazer. A espera pela carta e a ansiedade quando passa o bonde são o pano de fundo do romance.
Parece-me que Josué Montello quis usar as janelas e a casa como uma analogia de nossa alma. Fechamos as janelas, fechamos os olhos, recolhemo-nos quando há situações na vida que nos voltam para dentro. Benzinho vive a esperar, fiel ao que prometera. Deixa a vida passar, no ritmo calmo e pacato do Anil. Mas como tudo na vida, há uma hora para mudar, para voltar a viver e não deixar o tempo apenas passar.
O autor usa de características externas das personagens para traçar seus perfis. O leitor consegue então penetrar na vida de cada uma daquelas pessoas, como um pássaro que observa do alto o desenrolar da trama.
Não vou revelar o que acontece. Este post é só um aperitivo para que o livro seja degustado em sua inteireza. O romance é delicioso e merece ser lido.
3 comentários:
Vc é um bom marketeiro, deu vontade de ler o livro!
Se algum dia precisar vender algum produto, vou me lembrar de vc.
qual a versão do livro que vc leu?
este ai ele refez inteirinho. só deixou uma frase.
ai tem também uma discursõa sobre a modernidade, ao meu ver. se você conheçe sãio luís deve conhecer o anil e saber o que ele representa hoje na ilha. en janelas fechadas tem tudo isso ai chegando. e as pessoas esperam, esperam.
fantástico!
Bruno,
Li a edição refeita e reescrita por Josué Montello. Infelizmente não conheço São Luís, o que de certa forma, dificulta compreender inteiramente a estória, pela falta do conhecimento geográfico do local.
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