As revistas semanais trouxeram na capa uma foto do Iphone. Grande inovação que promete revolucionar o mercado de tecnologia. Digo tecnologia e não celulares, pois a palavra chave neste mercado hoje é CONVERGÊNCIA. Em breve, não precisaremos mais carregar 3 ou 4 aparelhos...tudo estará num único aparelhinho. Eu carrego um Palm, um celular e quando viajo o Ipod. Seria muito bom poder carregar tudo num único aparelho, e isto acontecerá em breve.
Mas notem que o Iphone só vai chegar no Brasil no final de 2008. Por que a tecnologia demora tanto a chegar no Brasil?
Se pensarmos um pouco, a internet teve seu início no Brasil por volta de 1996. Você podia comprar uma revista com umas 30 páginas com todos os domínios registrados no Brasil. Em 10 anos, não vivemos sem internet. Alguns mais viciados do que outros, mas todos dependemos dela. Hoje é um excelente instrumento de pesquisa, de comunicação e um facilitador de negócios. Em 10 anos, muita coisa mudou.
A tecnologia exige inovação e condições para ser aplicada. As companhias telefônicas já se preocupam com a substituição do telefone pelo Skype ou pelo Voip. Ou até por uma conversinha via MSN ou outro comunicador instantâneo. A inovação pode decretar a morte de um método de trabalho ou de uma empresa. Lembram-se da Olivetti que fabricava máquinas de escrever? Máquinas de que?...poderia perguntar alguém mais jovem...A avó do computador, sim, a máquina de escrever.
Porém, no Brasil, parece que há uma certa hostilidade com tudo que é inovador, do ponto de vista governamental. A carga tributária imposta nos produtos eletrônicos é proibitiva e inibe investimentos.
Tomem apenas o seguinte dado: houve redução de PIS e Cofins para computadores fabricados no país. Qual a consequência? A arrecadação de PIS e Cofins no setor aumentou, as vendas de computadores aumentaram e o preço caiu drasticamente. Isto chama-se inclusão digital e política fiscal inteligente.
Com a queda do preço, caiu a pirataria, o contrabando e o mercado cinza (computadores sem marca) perdeu market share para os computadores de marca. E o Governo saiu ganhando, pois arrecada mais.
Não seria a hora de repensar a forma de tributação de produtos que geram crescimento econômico sem que o Governo tenha que movimentar a máquina?
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