Uma leitura que fará pensar.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Outra Vida
Uma leitura que fará pensar.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Anedota urbana
- Você acredita que hoje era meu primeiro dia de férias e vim trabalhar? - comenta ela com o interlocutor. Só me dei conta disto quando meu chefe, depois do almoço, perguntou o que eu estava fazendo no trabalho. Pode?
Tive que me segurar para não gargalhar da cara da mulher. Tem que ser muito desligada. Ou então, não ter nada melhor para fazer.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Ipês amarelos e cerejeiras
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Poesia: BECO DE LISBOA
BECO DE LISBOA
O sopro leve do instrumento
Toque delicado
Triste acordeon.
Precisão de som
Que brota do violão.
Voz sedutora e sublime
Sotaque lisboeta
Gutural, mas doce.
Tua voz feminina acompanha-me
Inspira-me
Alegra-me
Ou traz a melancolia?
Ambiguidade e indecisão
Arrependimento e desejo.
O homem é um ser paradoxal,
E neste paradoxo cria
Transforma
Destrói
Constrói
E ama.
RLBF – junho 1997
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
100 anos
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Mentiras e mais mentiras
Conversa para boi dormir!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Bibliotecas Digitais
1. Biblioteca Digital Mundial
2. Biblioteca do Congresso dos EUA
3. Biblioteca do Senado Federal
4. Biblioteca Brasiliana - USP
5. Portal Domínio Público
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
No colo do pai
"De cabeça baixa, ele afaga os cabelos adormecidos da filha em seu colo. Então vê um tremor nas pálpebras delicadas, uma estreita fissura naquela invejável inconsciência, e assiste, silencioso, à evolução do seu despertar. Os olhos da menina ficam semicerrados por alguns momentos. Ela intui o carinho do pai e se mexe, acomodando-se melhor. Entreabre os olhos pela primeira vez, fechando-os rapidamente. Em seguida, um longo bocejo faz avançar a realidade, uma piscada tripla focaliza tudo um pouco mais e, por fim, as mãos pequenas e macias espremem do rosto os vestígios do sono. Ela abre os olhos aquecidos, enxergando bem de perto o pai, que a olha de volta, fazendo um grande esforço para sorrir com doçura. (...)"
(Outra Vida, Rodrigo Lacerda, Rio de Janeiro : Objetiva, 2009, p. 71)
Contemplar o sono pueril, seja no colo do pai ou no leito, é um ato de paternidade que só se compreende quando se é pai. Um trecho para comemorar o dia que se aproxima neste domingo.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Coisa de criança
Ela estranhou quando ele pediu para ir novamente ao trabalho com ela ao invés de ficar brincando e aproveitando as férias. Mas as crianças são curiosas, muito curiosas. A companhia da mãe era o melhor programa para ele naquele dia de férias. Queria tê-la por perto, à sua vista, para a qualquer momento poder contemplar o belo rosto materno, compenetrado com o trabalho, o olhar fixo na tela do computador ou anotando algo numa agenda. Os olhinhos do pequeno observam tudo, captam tudo, até aqueles detalhes que já passam despercebidos pela mãe. A aflição natural que havia tomado conta dela quando ele insistiu em acompanhá-la foi substituída por um sentimento de ternura que se estendeu por toda aquela tarde. Sem dizer nada, sentiu-se orgulhosa do filho, do comportamento dele, um mocinho já. O ápice foi a companhia dele, um gesto de carinho filial , silencioso, mas que a fez sentir-se querida. Coisa de criança que sabe cativar e nutrir o coração materno.
* * * * *
Sábado a tarde e ela queria que o pai a ensinasse a andar de bicicleta. Não queria a mãe, queria só o pai. Coisa de criança que não quer magoar, apenas escolhe aquele que lhe dá mais segurança, mais tranqüilidade. O pai era a serenidade em pessoa. Calmo, paciente, tinha a palavra certa na ponta da língua, compreendia as perguntas da filha e sabia o que responder. Ela vivia querendo que ele adivinhasse o que ela estava pensando, e ele sempre acertava. Tinham uma conexão telepática. A voz firme e tranquila deu à menina a segurança que ela almejava. Não caiu nenhuma vez. Não ralou o joelho. Não sofreu nenhum traumatismo craniano e nem precisou do capacete. Em pouco menos de trinta minutos, dava suas pedaladas sem rodinhas, num ziguezague titubeante, mas feliz com a conquista: estava andando de bicicleta sem rodinhas! A mãe ficou enciumada, mas a menina soube contornar o ciúme e acalmar os ânimos aflitos da mãe que assistia a cena. A menina estava saltitante e quis repetir a dose no domingo. Mas sem a mãe.