sexta-feira, 14 de março de 2008

Lembrando Josué Montello

(c) visão ao longe


São poucos os escritores brasileiros contemporâneos que deixaram sua marca na literatura brasileira. Josué Montello foi um destes expoentes. Amanhã completará 2 anos que ele nos deixou para alegrar os céus com suas narrativas cativantes.

A memória de um escritor vive pelos seus leitores e Josué Montello vive por seus livros, por seus conselhos, pelas palavras lançadas nas inúmeras folhas brancas. São dele os trechos abaixo, que separei do seu Diário da Noite Iluminada (Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1994).

"Nosso equívoco quando buscamos a felicidade, é pretender conquistá-la por atacado, quando a verdade é que ela só se rende a varejo. Nunca nos vem para a entrega total. Sempre para os pequenos favores.
Essa é a regra. O que não exclui as exceções." (p. 404)

"Uma das características da obra de arte literária é que ela é naturalmente confessional, mesmo quando o escritor dá a impressão de que está a criar seres que se contrapõem a seu próprio ser. Nos anjos e demônios de seus livros, há sempre algo do criador, ainda quando condena, ou sobretudo quando condena." (p. 419)

"Todos nós temos um diálogo secreto com o nosso passado. Mesmo quando não o interrogamos, ele interfere, e impõe nossa norma de conduta. São os atos, as atitudes, as decisões que nos individualizam, e a que temos de obedecer para sermos coerentes, com o sentimento de nossa autenticidade.
Quem não faz assim, apenas representa um papel que não confere com o original. E o original é Deus que assina." (p. 254-5)

Poderia comentar, mas deixo para a reflexão individual dos leitores.

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