Este post é continuação do anterior. A música Grand Hotel, do Kid Abelha, é conhecida da nossa geração e de fãs mais novos da banda.
A bela letra trata de um amor que se desgasta com o tempo. Um relacionamento que atropelado pela rotina perde sua vibração, sua intensidade, seu colorido. É o amor que se transforma em "bom dia." Um relato fiel da dura realidade ou um alerta? Seria o tempo um inimigo do amor, um inimigo que aos poucos vai esgarçando o tecido de algo íntimo?
Não sei a resposta. Sei que o tempo e a rotina tornam têm o poder de transformar qualidades em defeitos, de mudar gestos engraçados em motivos de implicância, de arrancar máscaras disfarçadas pelo torpor da paixão. O tempo pode ser um aliado para a solidificação de um relacionamento, mas também um inimigo silencioso. Como ondas que se chocam com um rochedo, até despedaçá-lo.
O tempo nos faz deixar de apreciar certas coisas, tomados pela rotina e a correria da vida. A música Epitáfio, dos Titãs, trata um pouco da pressa na vida, da pressa em fazer coisas demais, em querer tudo no nosso tempo e não no tempo das coisas.
"Queria ter aceitado as pessoas como elas são"
Talvez uma música possa puxar a outra e servir de pano de fundo desta divagação. As duas falam do tempo, da pressa e de não saber olhar para o outro. E é este não saber olhar para o outro que destrói o relacionamento. O tempo, por vezes, dá mais uma chance, uma oportunidade de se vencer a inércia que se instala no relacionamento. Mas é implacável quando se forma um abismo intransponível.
Fernanda Young, ao entrevistar Paula Toller em seu Irritando Fernanda Young (programa excelente), perguntou para a cantora se um amor que se transforma em bom dia não é algo bom. Nunca tinha olhado a música Grand Hotel desta forma, ou sequer tinha parado para pensar nesta frase como algo positivo.
Paula Toller respondeu que o amor transformado em bom dia é um amor cheio de respeito pelo parceiro, por quem está do seu lado. E respeito e admiração fazem com relacionamentos durem longos períodos de tempo. Para certas coisas, não é preciso pressa. Uma visão positiva, uma visão diferente daquela que usualmente temos da frase.
A bela letra trata de um amor que se desgasta com o tempo. Um relacionamento que atropelado pela rotina perde sua vibração, sua intensidade, seu colorido. É o amor que se transforma em "bom dia." Um relato fiel da dura realidade ou um alerta? Seria o tempo um inimigo do amor, um inimigo que aos poucos vai esgarçando o tecido de algo íntimo?
Não sei a resposta. Sei que o tempo e a rotina tornam têm o poder de transformar qualidades em defeitos, de mudar gestos engraçados em motivos de implicância, de arrancar máscaras disfarçadas pelo torpor da paixão. O tempo pode ser um aliado para a solidificação de um relacionamento, mas também um inimigo silencioso. Como ondas que se chocam com um rochedo, até despedaçá-lo.
O tempo nos faz deixar de apreciar certas coisas, tomados pela rotina e a correria da vida. A música Epitáfio, dos Titãs, trata um pouco da pressa na vida, da pressa em fazer coisas demais, em querer tudo no nosso tempo e não no tempo das coisas.
"Queria ter aceitado as pessoas como elas são"
Talvez uma música possa puxar a outra e servir de pano de fundo desta divagação. As duas falam do tempo, da pressa e de não saber olhar para o outro. E é este não saber olhar para o outro que destrói o relacionamento. O tempo, por vezes, dá mais uma chance, uma oportunidade de se vencer a inércia que se instala no relacionamento. Mas é implacável quando se forma um abismo intransponível.
Fernanda Young, ao entrevistar Paula Toller em seu Irritando Fernanda Young (programa excelente), perguntou para a cantora se um amor que se transforma em bom dia não é algo bom. Nunca tinha olhado a música Grand Hotel desta forma, ou sequer tinha parado para pensar nesta frase como algo positivo.
Paula Toller respondeu que o amor transformado em bom dia é um amor cheio de respeito pelo parceiro, por quem está do seu lado. E respeito e admiração fazem com relacionamentos durem longos períodos de tempo. Para certas coisas, não é preciso pressa. Uma visão positiva, uma visão diferente daquela que usualmente temos da frase.
5 comentários:
Excelente post, Renato e que com certeza nos leva a uma profunda reflexão.
Concordo em alguns pontos com você e em outros não.
Eu acredito que pessoas mascaradas não duram muito tempo, mesmo num começo de relacionamento, se a pessoa for atenta, é possível perceber o que é verdadeiro ou não.
Sentimentos se transformam e se o casal tiver conciência disso, é possível construir uma vida juntos, baseada num amor sólido, com respeito, admiração, companheirismo, amizade e também paixão.
Olhar um pro outro sempre, se interessar, cuidar do outro, ouvir, ceder e não esperar perfeição...é isso que mantém uma relação.
Desculpe o comentário longo, acho que me empolguei, riso.
O imediatismo esta presente em quase tudo hoje.
O imediatismo amoroso é ainda mais comum
Namoros que viram casamentos. Dificil neste caso de contruir alguma coisa, como diz a Edna no post do lado
bjocas
Divagações de puro acerto. As vezes ouvimos músicas só por ouvir e quando paramos para refletir encontramos nuances serenas e extremamentes verdadeiras.
Ouvir aqui tal constatação passa de uma simples visão a uma grandiosa "visão ao longe".
Parabéns e compactuo com você..
Abçs,
Texto de hoje: ÓbViO...
Visite e Comente... http://oavessodavida.blogspot.com/
O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...
adooooro as duas músicas. Excelente post!
Muito bem escrito Renato. O grande problema é quando as qualidades começam a se tornar defeitos. É uma estrada muito perigosa e muitas vezes sem volta.
Bom fim de semana
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