MEMÓRIA
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
estas ficarão.
(Antologia Poética. 26a. ed. Rio de Janeiro : Record, 1991, p. 179-180)
As lembranças repousam na memória silenciosa, reavivadas no escuro da noite, no caminhar solitário, na contemplação distante. A memória desabrocha no silêncio, mas não pode ser prisão que imobiliza o andar, o movimento adiante.
Drummond capta as memórias lindas, e findas, mas que sempre ficarão armazenadas e gravadas na alma.
Um comentário:
Drummond era brilhante, espetacular, bela escolha pro post.
Um beijo e bom fim de semana!!!
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