segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A voz das urnas

Sei que estou abusando da temática política neste blog, mas peço a paciência do leitor. Os temas literários retornarão em breve. Até que fui comedido nestes últimos dias, pois tinha pensado em escrever um longo texto prevendo o segundo turno. Tinha minhas razões que acabaram sendo expostas em conversas, mas não se transformaram em um texto organizado. Meus interlocutores sabem que acertei.

O eleitor jogou água no choppe e acabou com a festa da arrogância da líder nas pesquisas. O discurso de Dilma, após o encerramento da apuração, revela claramente que ela sentiu o golpe. Ela nunca havia disputado uma eleição e perder faz parte do jogo democrático. Visivelmente abatida, Dilma falou à imprensa mas não conseguiu esconder o desapontamento e o clima de velório. Veja o vídeo:



Aliás, Brasília é realmente uma cidade mística e estranha. Na mesma eleição, o Distrito Federal reuniu as condições climáticas perfeitas para a proliferação de fantoches políticos como nunca antes na história deste país. Weslian Roriz e Dilma Roussef são exemplos desta espécie nova espécie humana. Se Gepeto morasse em Brasília, não precisaria fazer um pedido à fada madrinha, bastaria contratar um bom marqueteiro e Pinóquio ganharia vida. E um bom cargo político.

Enquanto fiquei contente com a sapiência do eleitor paulista que recusou Netinho de Paula, não posso dizer o mesmo da eleição do Tiririca. Para não ficar tão isolado e envergonhado, o eleitor carioca elegeu Garotinho para a Câmara Federal. Agora teremos palhaço e plateia; ou vice-versa.

Conforme nossa previsão, Tirirca foi eleito. O Delegado Protógenes Queiroz também foi eleito. A Mulher Pera, apoiada por Eduardo Suplicy, teve a candidatura impugnada e ficou sem votos. Outros oportunistas que procuravam um emprego também não se elegeram, o que deixa um fio de esperança.

Algo que ficou muito claro com o mapa de votação para presidente foi a divisão do país. No Nordeste, 22% dos eleitores recebem o Bolsa-Família. O voto de cabresto ainda impera. Esta a razão para o sucesso de Dilma naquela região.

Por fim, eu daria qualquer coisa para estar no Palácio da Alvorada e ver a cara da Dilma e do Lula quando perceberam que haveria 2º. Turno. A “alegria” de Dilma contrastou com a “tristeza” de Marina Silva. Humildade faz bem e o eleitor deu um pouco de esperança para aqueles que acreditam no voto.


Um comentário:

Maria Rita disse...

Sim, o eleitor jogou água na chopp dessa cambada que achava que tudo estava no papo. Que ALÍVIO!

Muita Luz pra Ti