sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Poesia: La Reina, de Pablo Neruda



LA REINA

Yo te he nombrado reina.
Hay más altas que tú, más altas.
Hay más puras que tú, más puras.
Hay más bellas que tú, hay más bellas.
Pero tú eres la reina.


Cuando vas por las calles
nadie te reconoce.
Nadie ve tu corona de cristal, nadie mira
la alfombra de oro rojo
que pisas donde pasas,
la alfombra que no existe.


Y cuando asomas
suenan todos los ríos
en mi cuerpo, sacuden
el cielo las campanas,
y un himno llena el mundo.


Sólo tú y yo,
sólo tú y yo, amor mío,
lo escuchamos.

(Los versos del capitán. Barcelona : Random House Mondadori, 2003, p. 16)

O amor é temática recorrente em Neruda. Seus Vinte Poemas de Amor (15 e 20) são uma prova magistral da sensibilidade com que união de palavras resulta em algo novo e indescritível. La Reina (A Rainha) é um exemplo de como palavras simples, repetidas em tom melódico, descrevem o olhar apaixonado que é lançado sobre sua amada.

Quando vais pelas ruas 
Ninguém te reconhece

mas o "eu" apaixonado te avista de longe e os sinos tocam, os rios borbulham e a música enche o mundo. Somente eu e você somos capazes de escutar isto tudo. O casal apaixonado, o homem apaixonado escolheu sua rainha.

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