“O poema, para mim, é a grande aventura de como fazer. Costumo dizer em palestras para estudantes que, quando vou escrever um poema, a página está em branco e isso significa que todas as possibilidades estão abertas, são infinitas. No momento em que sorteio uma palavra, reduzo as possibilidades, o acaso é menor. Mas não sei o que vai acontecer, é uma aventura…" (grifo no original)
O trecho acima foi extraído de uma entrevista concedida por Ferreira Gullar à revista Dicta & Contradicta (número 05, Junho 2010, p. 16).
Ferreira Gullar disseca o seu processo criativo e afirma que o poema tem um ponto de partida: a folha branca; mas o poeta não sabe aonde vai chegar. A razão, o sentimento - ou os sentimentos -, a percepção, a intuição. Tudo guiará o poeta para que coloque as palavras na folha em branco e traduza o etéreo em palavras compreensíveis.
Fazer poesia é uma grande aventura.
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