"Eu tentava acreditar nesta história que tinha inventado para mim mesma, nessa história que ainda invento e que é a única capaz de me dar alguma resposta. Nessa história a mais descabida, mas também a mais real. Não sei até que ponto são verdadeiras as histórias do meu avô, até que ponto que é verdadeiro o que vivo agora. Nem mesmo sei se é verdadeira a minha viagem. Parece que quanto mais me aproximo dos fatos, mais me afasto da verdade."
(Tatiana Salem Levy, A Chave de Casa, Record, 2007, p. 99)
Depois de ter seu livro premiado, o post que escrevi sobre Tatiana Salem Levy passou ser um dos mais lidos neste blog. Resolvi pegar o livro novamente e procurar um trecho para guiar um texto novo. Abri o livro aleatoriamente, como faço tantas vezes em busca de algo grifado, ou de algo que me chamasse a atenção. Encontrei o trecho transcrito acima.
A vida é uma viagem. Pode parecer irreal nos momentos de tristeza e nos momentos de intensa alegria. Estes episódios são fragmentos que conduzem a um questionamento – ou simplesmente passam despercebidos até que retornam à mente com uma luminosidade e compreensão não imaginada antes. Quantos pequenos acontecimentos nos causam perplexidade e dúvida? Quantas encruzilhadas se nos apresentam ao longo do caminho? Quantas vezes, na escuridão da noite – ou do dia -, alguém nos acena com um ponto de luz capaz de descortinar e clarear o que nos cerca?
A realidade traz estes fragmentos, pequenos trechos de capítulos, que reluzem nos momentos exatos. O tempo é sábio e aguarda que estejamos preparados para nos revelar a verdade dos fatos. A viagem é real. Os momentos bons são reais. Os momentos que não parecem ser bons são reais e um enorme aprendizado.
Um comentário:
Aprendemos a cada dia, a cada momento...
Beijo
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