Em qualquer viagem que faço visito uma livraria. Viagens a lugares distantes, então, permitem gastar boas horas folheando livros em busca de novidades. Livro novo traz consigo uma aura de mistério, de expectativa, de algo inesperado e surpreendente. Nem sempre cumprem com este desiderato, mas são um convite à aventura. Gosto do cheiro de livro novo, das folhas abertas pela primeira vez. É como perfume que toca na pele pela primeira vez e revela uma mistura de aromas peculiares. Um universo aromático que desperta os sentidos e incentiva a imaginação.
Na bagagem, alguns livros de economia, uns dois ou três clássicos da literatura americana, um livro recente – Seven Days in the Art World, de Sarah Thornton – e alguns CDs. É, eu ainda compro CDs, apesar de que o preço nos EUA começa a não compensar. Sai mais barato comprar por aqui ou fazer o download direto da iTunes Store da Apple. Aproveitei para comprar mais um cartão pré-pago para manter-me atualizado com as novidades musicais.
Em ambos os casos – literatura e música -, vou atrás de novidades, de algo que estimule a criatividade, de algo que apresente uma visão diferente daquela à qual estamos acostumados. O problema é sempre o peso dos livros na mala. No final, compensa fazer um pouquinho de força pelo prazer que as horas de leitura renderão.
Levei comigo Nada, de Carmen Laforet, que terminei nos primeiros dias e comentarei por aqui nos próximos posts. Um delicioso livro escrito por uma jovem escritora espanhola em 1944 que foi premiada e louvada como uma das mais importantes obras espanholas do século XX. O estilo narrativo combina com os dias quentes de verão e pode ser uma ótima companhia para quem ainda vai sair de férias.
2 comentários:
ea crise?
Eu li 'Nada' ano passado. É bem bom, né? Atualmente ando atracada com a segunda ou terceira releitura do Cortázar (O Jogo da Amarelinha)... agora a maior experiência que eu tive com livros, foi uma vez em que o site que eu coordenei foi escolhido pela Taschen e foi publicado numa coletânea bacanona, daquelas '1000's Taschen's favorite websites'. Claaaaaaaaro que eu tinha que ser besta e comprar uma edição francesa, com o meu nomezinho lá, numa rua charmosésima no Marais. Ah, bons tempos. Nos dois últimos anos o máximo que eu consegui foi respirar uns ares de Gardel (e pretendo repetir em breve! rsrs).
Besos e boas viagens (nos livros e fora deles),
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