quinta-feira, 5 de junho de 2008

Olha o dossiê aí, gente!!!

A vantagem de um blog é que existem tags. Aquelas coisinhas no final do texto que permitem ao leitor selecionar o que ele quer ler. Se o leitor quer poesia (sei que é o grande hit deste blog) ou crônicas, textos mais leves para o espírito do que o lamaçal da política brasileira, é só escolher e pular este post.

Sabia que alguém ia dizer que sou muito PSDB mesmo, mas eu não sou PSDB. Permito-me um pequeno parênteses: acho o PSDB um partido muito indefinido, temeroso, com crise de identidade, que não sabe ser oposição. Enfim, um partido meio deslumbrado. Eu talvez seja muito radical para as hostes do PSDB. Já era assim no tempo de faculdade.

Mas voltemos ao tema. Interessante como a palavra dossiê sempre aparece quando tem algo de estranho relacionado com a ministra Dilma Roussef. Coincidência? Não, meus caros, é a tática de guerrilha, é a propaganda usada como instrumento do partido e do sistema. Uma coisa é certa: este pessoal estudou muito Goebbels (propagandista de Hitler) e sabe bem como distorcer a verdade, como intimidar, como assustar, como tornar tudo aparentemente "normal".

Vejam o que escreveu Reinaldo Azevedo no seu blog de hoje:

"Prestar atenção

Acredito haver aspectos nas entrevistas de Denise Abreu e de Marco Antonio Audi ao Estadão que não podem se perder em meio à voragem e aos detalhes:

1 - A ex-diretora da Anac afirma ter sido vítima de um dossiê. Ela não diz, mas acho que todos entendemos a sugestão de que pode ter sido coisa da Casa Civil. Ela é explicita em dizer que Dilma teria usado contra ela informações que, descobriu depois, estavam no tal dossiê;
2 – Marco Antonio Audi deixa claro que o chinês Lap Chan ameaçou não dar mais um tostão ao negócio e que praticamente impôs a venda da Varig à Gol. Audi ainda teria tentado a TAM, mas não houve tempo. É preciso saber:
a) a TAM estava disposta a dar mais pela Varig?;
b) se a TAM aceitava dar mais, por que o governo só autorizaria a venda para quem aceitava dar menos?;
c) digamos que alguém estivesse escrevendo um roteiro de ficção:
1 – Hipotéticas empresas G e T estão interessadas na também hipotética empresa V;
2 - a empresa V, que não é boba, prefere a empresa T, que paga mais;
3 - mas o negócio depende de autorização do governo, que só aceita vender para a empresa G, que paga menos;
4 – o roteirista já tem um mistério, um enigma, e precisa tirar o leitor ou telespectador da sinuca. O que se passa?
5 – o roteirista, cheio de caraminholas, inclui em sua história o pagamento de um complemento, "por fora" (vocês sabem: "recursos não-contabilizados", como diria Schopenhauer) não ao dono da empresa V, mas aos agentes oficiais que forçaram a venda para a empresa G.

Ah, para que não nos esquecemos: Dilma, que cuida de coisas tão elevadas, ainda encontra tempo para pedir, pessoalmente, a transferência para Brasília da mulher de um terrorista. Eis um exemplo de consideração bem acima do "razoável".

Histórias verdadeiramente fascinantes, cheias de sortilégios."

Visão ao longe, meus caros, e a vida segue.

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