segunda-feira, 26 de maio de 2008

O vício e o jogo - uma opinião pessoal

Dividi o post em duas partes para não ficar muito grande. Em primeiro lugar, meu caro Daniel, agradeço sua visita e seu comentário.

Não tive a intenção de fazer apologia do jogo, nem incito minha filha a jogar ou apostar. Em nenhum momento - deixo claro - senti-me ofendido pelo seu comentário. Achei-o instigante do debate, uma das razões deste blog.

Vou tentar analisar a questão de uma ótica impessoal, porém não garanto que conseguirei.

Seu comentário foi de grande valia, pois alertou-me para o fato de que talvez tenha escolhido mal as palavras, o que pode ter levado a uma incompreensão, e a retificação se faz necessária.

Qualquer jogo, se bem aplicado, pode ser saudável e lúdico, importante no processo de formação da criança. Um jogo de bingo, uma partida de banco imobiliário, um jogo de cartas entre amigos tem o condão de divertir, de distrair e ensinar que nem sempre se vence. Tudo depende do comedimento e da forma como o jogo é ensinado. O jogo exagerado - que se torna vício - é tão danoso quanto a bebida ou as drogas. É um mal que pode destruir famílias e relacionamentos.

A brincadeira, por outro lado, é saudável. E é exatamente a brincadeira, ou o lado divertido, que procuro mostrar nas corridas de cavalo. Aprendi a ver nas corridas de cavalo um esporte. É divertido você escolher um cavalo e torcer para que ele ganhe, independente do jogo.

O Jockey Clube de São Paulo é um espaço de lazer aberto a todas as pessoas que passam por São Paulo. Há restaurantes, bares e espaço para as crianças brincarem. Um espaço central da capital paulista seguro e aberto, que permite tardes agradáveis nos finais de semana. Poucas pessoas sabem que para se ir ao Jockey não é necessário ser sócio. Poucas pessoas sabem que há espaço para as crianças brincarem e ver os cavalos correndo. O divertimento é gratuito. Nâo é preciso jogar para se divertir.

Do ponto de vista econômico, as corridas de cavalo no Brasil empregam inúmeras pessoas, nas mais variadas áreas. São veterinários, tratadores, cavalariços, jockeys, treinadores e criadores. A criação brasileira de cavalos de corrida (da raça Puro Sangue Inglês) é uma das melhores do mundo. Anualmente são exportados animais para os Estados Unidos, Europa, Ásia e África do Sul. O maior criador de cavalos de corrida na Argentina - onde a paixão pelo cavalo é muito maior que no Brasil - é brasileiro.

Escolher um cavalo num páreo, sem jogar, é divertido. Tudo pode ser visto como uma brincadeira. Assim aprendi desde criança e é desta forma que passo para os meus filhos. Não incentivo o jogo, mas a brincadeira de escolher quem vai chegar na frente.

6 comentários:

Anônimo disse...

TAI...JA INCLUI O JOQUEI NA MINHA LISTINHA DO PROXIMO FIM DE SEMANA...DEPOIS VOLTO AQUI PRA DIZER A MINHA IMPRESSAO..JA QUE AINDA NAO FUI!!!

E COMO OS MEUS DIAS AQUI NA CAPITAL PAULISTA TEM SIDO PEQUENOS PRA TRABALHO...PASSAREI COM MAIS CALMA PRA LER OS OUTROS POST E COMENTA-LOS...

GRANDE ABRAÇO E BOA SEMANA!

Anônimo disse...

Rubens,

Estive sumida dos comentários, mas sempre estive por aqui.

Um grande abraço e ótima semana.

Patrícia H.

Anônimo disse...

estou gostando da discussão e dos pontos de vista. gostei muito da maneira que você explicou e eu mesma não sabia disso. eu achava que só ricos iam em jockey, rs. olha, também vou incluir na minha lista de lugares para conhecer já que estou sempre procurando diversão boa, barata e diferente para ir com o Biel. Além do que, odeio lugares "conhecidos" por estarem sempre cheios. Não que eu nunca vá, porque às vezes a crianças quer ir a a gente cede, mas eu prefiro o mais desconhecidos. obrigada pela dica.

ah, eu gosto mais desses posts do que de literatura. não que minha opinião conte, hahahahahaha

Edna Federico disse...

Hum, polêmica...riso...é bom, esquenta o dia.
Olha, continuo achando bonita a situação que você descreveu, um momento de pai e filha. Mas, também consigo compreender a colocação do Daniel, acho válida e pertinente.
Já acompanhando você por um tempo através do blog, dá pra perceber que é uma pai que orienta seus filhos, mas foi muito boa sua explicação, pois relendo, para um primeiro visitante, realmente pode ter passado a impressão de que você estava incentivando sua filha a jogar.
Isso que é bom, colocar as opiniões na mesa, ou no caso na tela e discutí-las democraticamente.
Beijo

Anônimo disse...

Renato,

Fico contente que tenha me entendido e mais ainda, por perceber que o seu ponto de vista sobre o vício é igual ao meu.
Vc tem toda razão qdo diz que jogos podem ser saudáveis...todo mundo tem que aprender a ganhar e a perder e é muito fácil ensinar isso às crianças através de jogos, de uma forma divertida, sem apostas.
Tb não sou absolutamente contra as corridas, vc novamente tem razão qdo diz que empregam muitas pessoas e, é verdade, um passeio ao Jockey Club vale a pena, é um lugar muito agradável.
Conheço várias pessoas que tb vão ao Jockey, gostam de apostar e nem por isso são viciadas.
Só quis levantar a questão, pois é sempre bom alertar sobre como um divertimento pode virar um vício para quem não tem controle.
Muito obrigado pela resposta, pela discussão saudável e sem dúvida voltarei.
Um abraço

Anônimo disse...

Ola...o dias continuam me atropelando de tanto trabalho...aff!!!
mas deu tempo passar por aqui pra avisar que alem de meme tem selinho tb la no intimidade. Fique a vontade....

Um grande abraço !!!