segunda-feira, 28 de abril de 2008

Crônica: Poente



CRÔNICA: POENTE


A lua já despontara no céu de final de tarde, levemente avermelhado. Sentou-se no degrau da escada que levava à piscina e ela ao seu lado. Dividiam os fones de ouvido e o ipod fornecia a trilha sonora. Contemplavam o céu, sem trocar palavras. Ele estava feliz por tê-la ali com ele. Sozinhos. Somente os dois. Nada mais importava.

A luminosidade cadente tornava o rosto dela ainda mais belo, a pele mais dourada. O sol poente ressaltava seus traços. Ela fechara os olhos, enquanto John Coltrane fazia o pano de fundo musical. Ela não percebeu que ele a olhava, contemplava-a com um olhar embevecido. Roberto não conseguia imaginar mulher mais bela, mais encantadora. Hipnotizado por ela, ou talvez enfeitiçado pela sutileza feminina. Não frágil, mas delicada.

Minutos se passaram e a noite caiu. Ele ergueu-se da grama, onde estava deitado, e retornou para casa, subindo o morro gramado. Tudo não se passara de imaginação. Mas era assim que imaginara um final de tarde com ela. Só com ela.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa imaginação é tão fértil, que na maioria das vezes quando sonhamos ou pensamos algo parece que realmente está acontecendo; então quando abrimos os olhos percebemos que tudo não passou de um sonho gostoso que nem temos vontade de acordar.
Belas palavras essas proferidas em seu texto!
Abraços,

Susanna Martins

Anônimo disse...

Super saudavel estar com quem se ama. sozinhos.somente os dois. onde nada mais importe....

disse...

No meio da correria que eu tô passando, viajei longe com seu texto! Vi o pôr-do-sol e tudo..rsrsrs
Beijos