sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os comentários e a réplica

No post anterior, dois comentários: uma questão e uma crítica. Adoro uma crítica, pois ela incita o debate e permite discutirmos um pouco mais o assunto.

Começo pela crítica de fabioliveirafabi. O perfil não está disponível e não o conheço, mas agradeço a crítica. Ele - ou ela - escreveu:

"O Netinho de Paula foi um bom vereador em São Paulo, quem acompanhou o trabalho dele sabe disso. E essa polêmica do show foi feita pelo o outro candidato, que caso ganhe a eleição, vai contratar um artista, ai sim entra Netinho, para fazer um show de comemoração..."


Discordo redondamente. Qual projeto importante o vereador Netinho de Paula apresentou? O que efetivamente fez o vereador? Pesquisei no site do candidato ao Senado e não há um projeto mencionado. Nada. Nem sequer se ele compareceu às sessões da Câmara Municipal. Netinho é vereador há 2 anos somente, não tem experiência política e não tem bagagem para representar o Estado de São Paulo. Isto, meu caro leitor, sem falar no passado de agressões à ex-mulher. De minha parte, um homem que não respeita uma mulher, não merece o voto de um cidadão consciente.

Quanto ao show, a sugestão dada pelo candidato do PT é ilegal. Netinho foi no embalo, no clima de "vale-tudo", tão típico do partido do governo que não respeita a legislação.

O segundo comentário, na verdade uma questão, foi deixado pela Isadora.

"Meu amigo, obrigada por compartilhar o post! Ontem no CQC, o Marco Luque fez um comentário sobre as restrições impostas aos programas humorísticos.



Pelo que entendi, ao cidadão comum não cabe nenhuma iniciativa, já que a mesma deve partir dos veículos de comunicação. É isso mesmo?"

Infelizmente é verdade. A legislação eleitoral atinge os meios de comunicação e os candidatos. Os cidadãos comuns podem se manifestar livremente. A internet, quer pelos blogs, quer pelas redes sociais, entra numa zona cinzenta e nebulosa. O fato é que mesmo por estes meios, há decisões judiciais censurando blogueiros, o que é um absurdo.

A liberdade de expressão, direito fundamental previsto na Constituição Brasileira, não é absoluta e ilimitada, mas a legislação eleitoral atual ultrapassou os limites do razoável e do adequado. Culpa de quem? Culpa dos deputados que aprovaram esta legislação draconiana, provavelmente temendo o que iria ser dito dos candidatos à reeleição.

Um comentário:

Isadora disse...

Renato, muito obrigada por esclarecer. Fiquei com essa dúvida.
É pelo visto nossas manifestações tem que ser agora, via redes sociais.
Beijos