terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tuitando no busão

Meu carro está no mecânico para consertar uma porcaria de um sensor eletrônico que bombeia o óleo para o motor. Ou pelo menos foi isto que me disse o mecânico ao apresentar o orçamento do conserto. Não entendo nada de mecânica e não ligo muito para carros. Ficar sem carro em São Paulo, porém, pode ser um grande problema.

Infelizmente sou obrigado a usar meu carro diariamente. Preferiria mil vezes poder usar o metrô e contribuir para fazer uma cidade melhor. Preciso do carro para zanzar para cima e para baixo. Sem ele, não me aperto. Sou daquelas pessoas que se vira sem ficar estressado. Com reunião fora do escritório, uma audiência num fórum longe do escritório, o jeito foi confiar no sistema de transporte público de São Paulo. Desde ontem usei táxi, ônibus e metrô, além de um ônibus da OAB que faz a ligação entre a estação Barra Funda do metrô e o Fórum trabalhista, aquele construído pelo Lalau, em um escândalo de corrupção.

E por que o título deste post? Calma, eu chego lá.

Rumo à minha casa, peguei o ônibus depois das 20 horas. Lotação média, algo que logo se tornou lotação máxima. Nos poucos minutos em que tinha espaço para respirar, reparei num rapaz ao meu lado, com pouco mais de 20 anos e que foi tuitando a viagem inteira. Fiquei uns 40 minutos no ônibus e o sujeito estava conectado o tempo todo no Twitter.

Num banco mais adiante, um outro rapaz usava o celular para um jogo eletrônico; outra conversava no aparelho; outra ouvia música.  O celular deixou de ser mero telefone e passou a ser um canal de comunicação com um mundo, uma forma de estar conectado o tempo todo. Em alguns casos há exageros, mas em certas situações é um excelente instrumento de lazer, de trabalho e de divulgação de cultura.

As redes sociais se transformaram num canal de veiculação gratuita para as mais variadas instituições culturais. Através delas, é possível encontrar peças de teatro, mostras de arte, eventos musicais. E muitos destes eventos são gratuitos. Basta saber procurar.

E ainda tem gente que acha que foi um crime privatizar as companhias telefônicas!

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