Foram 47 dias seguidos de chuva. Em todos estes dias, choveu em São Paulo. Não uma garoa, mas chuvas torrenciais. Superamos o dilúvio bíblico! Foi o janeiro mais chuvoso de toda a história da cidade. Ontem, a chuva deu uma trégua e a tarde terminou ensolarada e quente.
Semana passada, na quinta-feira, fui pego no meio do dilúvio. Tinha que ir ao Fórum de Santo Amaro e saí do escritório às 16 horas. Normalmente, demoraria 40 minutos para chegar. Ao sair, notei as nuvens escuras que se formavam diante de mim. Pensei em desistir, mas fui adiante. Quando entrei na Av. 23 de Maio, começou a chover. Para quem não é de São Paulo, a Av. 23 de Maio corta a cidade de norte a sul, numa versão tupiniquim de freeway.
Em poucos minutos, estava no meio de um temporal. O trânsito parou. Ouvindo o rádio, antecipei os transtornos que me aguardavam. O aeroporto de Congonhas estava fechado. Em marcha lenta, o carro andava; mas muito pouco. Depois de 20 minutos, deparei-me com um verdadeiro rio caudaloso diante do carro. Não era um pouco de água, era muita água. Daria para pegar um bote e fazer rafting pelo meio de Moema, rumo ao Rio Pinheiros.
Parei o carro e fiquei observando a água que atravessava as pistas da avenida com forte correnteza. Nunca tinha visto isto por aqui. O que mais impressionou foi a quantidade de água que caiu em muito pouco tempo. Não há projeto de engenharia ou política urbana que evitasse os transtornos. Era preciso ter paciência e se adaptar.
O paulistano aprendeu, neste verão, que as intempéries da natureza causam imprevistos e é preciso ter flexibilidade com horários e com compromissos. Como disse um amigo meu, foi um mês em que era preciso agir como índio. Olhar para o céu e se planejar para fazer tudo antes da chuva.
2 comentários:
Incrível mesmo como esta chuva mudou os hábitos cotidianos do paulistano! Vamos ver se agora pára e tudo volta ao "normal" (se é que se pode usar esta palavra quando se fala na cidade de São Paulo!)
Beijos,
Foi o caos total essas últimas semanas.
Eu planejo meu compromissos todos pela manhã, que com certeza, não chove ! rs
Beijo
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