sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Crônica: Papo de bar




- Sabe de uma coisa? Gosto desta sua pulseira com estas pequenas borboletinhas penduradas. – disse ele com o olhar fixo na pulseira e um leve sorriso no rosto.


- E tem alguma coisa que você não gosta em mim? Aliás, para sua informação são pingentes. – corrigiu ela em tom carinhoso.

- Sem dúvida! – ele foi rápido na resposta e ela franziu a testa de imediato, com um olhar surpreso. – Há muitas coisas que não gosto em você. Poderia fazer uma longa lista de seus defeitos, manias, hábitos, implicâncias, chatices...


- Nossa! Sou tão ruim assim? – interrompendo a fala dele. – Então me diga quais são estas coisas todas que você não gosta em mim. Mas seja concreto! – a frase saiu em tom de intimação, quase como uma ordem, que camuflava o receio da resposta que iria ouvir.


- No momento, me esqueci de todos os seus defeitos. Sabe como é, seus defeitos ficam insignificantes diante das suas qualidades. E toda vez que você sorri pra mim, ou fica vermelha como está agora, só vejo suas qualidades. Qualidades que vão muito além do físico, da sua beleza, da sua pulseira...


Novamente, ele a desconcertara e ela sorria, toda vermelhinha e sem graça, diante daquele homem com suas palavras precisas.

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