sábado, 18 de junho de 2011

Dilma e suas confusas opiniões

Após 5 meses de governo Dilma, a presidente que não fala muito e que deixou de expor com clareza suas posições e opiniões durante a campanha, resolveu que muda de opinião rapidamente. Ou talvez tenha mentido durante a campanha?

Durante a campanha eleitoral, por exemplo, Dilma disse que era contra o aborto, contradizendo declarações anteriores pessoais e históricas do PT.

Quando se falou de privatizações, Dilma disse ser contra. Agora, resolveu que para consertar os aeroportos será necessário privatizar alguns deles. Houve mudança de posição ou Dilma simplesmente fugiu à verdade como parte da estratégia para se eleger?

As mudanças não se resumem a estes dois temas, que sempre foram relevantes no programa do PT. Privatização é algo demonizado pelo partido. O tema mais recente tem a ver com o sigilo de documentos do governo e sua divulgação. Outro tema sobre o qual o PT foi historicamente favorável a que o sigilo de documentos fosse limitado. 

A discussão do projeto de Lei de Acesso à Informação Pública mostrou que Dilma sucumbiu à posição defendida pelos Senadores Collor e José Sarney. Collor defende o sigilo eterno de determinados documentos, como se lê em reportagem de O Globo. Temas como a compra do Acre e a Guerra do Paraguai permaneceriam eternamente sepultados. E Collor é contra a divulgação de documentos pela internet. A postura é retrógrada, ingênua, autoritária e uma afronta ao bom senso. O que há a temer com relação ao episódio do Acre? Alguma verdade histórica vai deixar Evo Morales nervoso? Vai decidir por roubar mais algumas refinarias da Petrobrás? E quanto ao Paraguai, o que há a esconder? 

Dilma mudou de posição em mais este tema. Mais um tema que sempre foi uma bandeira histórica do PT, na tentativa de restaurar a "verdade" sobre a ditadura e tentar derrubar a lei de anistia. Sigilo eterno de documentos é algo concebível apenas em regimes ditatoriais, como o cubano, mas inaceitável no Brasil democrático. 

Aos poucos Dilma vai concretizando aquilo que temíamos: ela não tem opinião própria sobre temas relevantes! Ela é suscetível e vulnerável aos interesses políticos e ficamos reféns de uma fraude eleitoral, ou seja, o povo votou em alguém que aparentava ser algo que nunca foi. E nunca será.

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