Finda-se mais um ano. Trocamos o calendário, a folhinha da parede, brindamos, comemoramos, fazemos resoluções e promessas. Vamos dormir, e acordamos num dia igual aos demais – com exceção de alguns que sentem uma forte ressaca. A mudança de ano, porém, tem um efeito psicológico forte. Não sou daqueles que acha que tudo vai ser diferente simplesmente por que saltamos um ano para a frente; por outro lado, sou um otimista que tende a acreditar que podemos sim começar de novo e reescrever o que não deu certo no ano que terminou.
Rubem Alves escreve em sua coluna da Folha de São Paulo de hoje que não lhe interessa o jornal de ontem, pois está morto. Interessa-lhe a poesia, que está sempre viva e ressuscita ao ser lida.
Renovar pode ser um conceito simples de se compreender, mas difícil de executar. Inovar idem. Ambas são fruto de um processo que passa por uma forte força de vontade. Um processo constante e perseverante, de pequenos passos diários. Somente assim haverá renovação e inovação. Não importa se é um ano novo, um novo mês, uma nova semana. Nem mesmo precisaria ser um novo dia. É preciso que seja uma nova decisão; é preciso ressuscitar a poesia da vontade.
Desejo a todos que por aqui passam um ano verdadeiramente novo e cheio de realizações.
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