“A felicidade e a desventura têm isto de comum: pedem companhia. A primeira, para se multiplicar; a segunda, para se dividir.
A saudade, não: a saudade é solitária. Pede recolhimento e silêncio. E é grave, é austera. Reclama um canto, como a esconder-se, e deixa os olhos molhados, como estão os meus agora, com o pensamento na família, nos amigos, nos companheiros, diante da luz escancarada defronte de minha janela sobre o mar.”
(Josué Montello. Diário do Entardecer. Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 1991, p. 173)
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