terça-feira, 3 de novembro de 2009

O plágio e a preguiça

Dois escritores conhecidos resolveram abordar o mesmo em seus artigos nestes dias: Lya Luft, na Veja, e Arnaldo Jabor, na edição de hoje do Estadão. Ambos trataram de artigos supostamente atribuídos a eles, mas que não foram escritos por eles. A semelhança das opiniões retrata bem um problema corrente nos dias em que a informação circula rapidamente e certos desmentidos são impossíveis.

Frequentemente recebo por email artigos que teriam sido escritos por Arnaldo Jabor. Na maioria das vezes, os textos são apócrifos. Alguém resolveu atribuir a Jabor um texto, e talvez para dar maior credibilidade, circula o texto como se fosse dele. Jabor se revolta em sua coluna no Estadão. Lya Luft faz o mesmo. Entendo perfeitamente a revolta deles. Já recebi textos atribuídos a Drummond, a Fernando Pessoa e outros grandes escritores, mas uma pesquisa mais aprofundada revela que a discrepância da autoria.

Sou bastante chato quando se trata de dar crédito a quem merece o crédito. Por esta razão, sempre que reproduzo trechos de livros, tenho o livro em mãos e faço questão de indicar a referência bibliográfica. O plágio é um ato criminoso contra o direito autoral, contra a criação intelectual. Um ato preguiçoso ou, algumas vezes, cheio de má-fé e inveja.

Sejam mais críticos ao receberem um texto. Duvidem, procurem, pesquisem antes de atribuir um texto a determinada pessoa. O autor, com certeza, agradecerá.

2 comentários:

[ rod ] ® disse...

Jabor virou figurinha fácil nos e-mail que circulam por aí. Não é raro recebê-los também, mas igual a você sou um chato... preciso procurar várias fontes para comprovar sua veracidade.

Se todos assim o fizessem não haveria tanto desrespeito literário...

Abs meu caro.

Srta. Rosa disse...

Meu amigo, o Jabor tá revoltado que nem o twitter dele é dele mesmo! Êita mundo... rsrsrs...

Besos!