PALAVRAS CALADAS
Não sei o que dizer.
Há momentos em que não sei o que te dizer. As palavras ficam engasgadas, sem sentido, caladas, embaralhadas. Qualquer coisa que tente dizer fica parecendo piegas, como aquelas imagens de péssimo gosto, com cores exageradas e despidas de qualquer realidade. As palavras parecem ingênuas, tolas. E calo-me. Fecho-me como uma ostra a respeitar o teu silêncio.
Penso em te ligar, mas não sou muito bom ao telefone. Nunca fui. Tremo com medo de não saber o que dizer, de me perder e tropeçar, de engasgar.
Busco e insisto nas palavras numa tentativa de organizá-las para dizer como és importante, como vieste trazer algo que não tinha. Ainda que não te veja, ainda que não possa contemplar este teu olhar que me estremece, tenha a certeza de que a culpa é sua. Só sua.
Quero compartilhar esta alegria que borbulha no meu interior; mas não sei como. Sinto-me um invasor do teu espaço, do teu silêncio. E assim, permaneço calado, apenas pensando.
Eis que surge de surpresa, como a adivinhar meus pensamentos, como uma cigana a mirar fixamente numa bola de cristal. Nunca precisaste de um apetrecho destes para me decifrar. Sempre tivestes o dom da telepatia, a sensibilidade para saberes o que me aflige e o que me inquieta. Dei-te espaço no meu coração, na minha existência, e preencheste um vazio que imaginava condenado a sentir e a vivenciar.
Como a leve brisa que sopra do mar numa tarde quente e abafada, vieste refrescar minha pele delicadamente, com um toque único. Como o nascer do sol, numa manhã fria, vieste aquecer minha alma e alumiar minha face sisuda. Surgiste inesperadamente, mas permanecerá eternamente no lado esquerdo do peito.
Há momentos em que não sei o que te dizer. As palavras ficam engasgadas, sem sentido, caladas, embaralhadas. Qualquer coisa que tente dizer fica parecendo piegas, como aquelas imagens de péssimo gosto, com cores exageradas e despidas de qualquer realidade. As palavras parecem ingênuas, tolas. E calo-me. Fecho-me como uma ostra a respeitar o teu silêncio.
Penso em te ligar, mas não sou muito bom ao telefone. Nunca fui. Tremo com medo de não saber o que dizer, de me perder e tropeçar, de engasgar.
Busco e insisto nas palavras numa tentativa de organizá-las para dizer como és importante, como vieste trazer algo que não tinha. Ainda que não te veja, ainda que não possa contemplar este teu olhar que me estremece, tenha a certeza de que a culpa é sua. Só sua.
Quero compartilhar esta alegria que borbulha no meu interior; mas não sei como. Sinto-me um invasor do teu espaço, do teu silêncio. E assim, permaneço calado, apenas pensando.
Eis que surge de surpresa, como a adivinhar meus pensamentos, como uma cigana a mirar fixamente numa bola de cristal. Nunca precisaste de um apetrecho destes para me decifrar. Sempre tivestes o dom da telepatia, a sensibilidade para saberes o que me aflige e o que me inquieta. Dei-te espaço no meu coração, na minha existência, e preencheste um vazio que imaginava condenado a sentir e a vivenciar.
Como a leve brisa que sopra do mar numa tarde quente e abafada, vieste refrescar minha pele delicadamente, com um toque único. Como o nascer do sol, numa manhã fria, vieste aquecer minha alma e alumiar minha face sisuda. Surgiste inesperadamente, mas permanecerá eternamente no lado esquerdo do peito.
3 comentários:
Querido,vim beijar e dizer que é por essas e outras que eu continuo acreditando que amar devia vir acompanhado com um pacto de silêncio. Cada um cuidando do seu.
É sempre muito bom vir aqui e apreciar teus escritos...
Voltarei mais vezes...
Bom dia!
Ah, meus amigos poetas... lindo o texto.
É, tem horas que as palavras fogem.
Muitas vezes também sou melhor escrevendo que falando...
Mas, grandes momentos e oportunidades podem passar quando nos calamos...sou a favor de sempre se falar no amor, no sentimento.
Beijo
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