Em dias de Olimpíadas, temos visto uma infinidade de atletas brasileiros chorando na televisão. Se ganham, choram; se perdem, choram. Sinceramente, estou meio cansado dos chorões. Tudo bem, dirá alguém, o brasileiro é um povo emotivo, mas eu já cansei. Tentei evitar falar do assunto para fugir do usual e conseguir extrair algo positivo de tanto choro.
Talvez o problema seja a infinidade de perguntas idiotas lançadas por repórteres em momentos inadequados; talvez seja a falta de preparo psicológico de nossos atletas. Porém, acho que precisamos superar uma atitude subdesenvolvida de depositar em atletas brasileiros a salvação da pátria. Diego Hipólito pedindo desculpas a povo brasileiro foi medonho. Ele não tem que pedir desculpas ao povo brasileiro, afinal as conquistas dele são DELE e não de todo o povo brasileiro. Por acaso o povo brasileiro se sacrificou nos treinamentos com ele? Por acaso o povo brasileiro financiou os treinamentos dele? Por acaso o povo brasileiro ia ganhar algum pedacinho da medalha dele?
Não estou renegando minha pátria, mas lanço as questões para refletirmos. Errar todo mundo erra. Falhar numa competição esportiva é normal. Agora, deixar-se levar pela narração do Galvão Bueno e chorar uma medalha perdida, é ridículo. E ressalte-se: medalha não se perde; medalha se ganha. A falha na final é fatal e cruel. O esporte pode ser cruel. Mas o esporte ensina exatamente isto, que errar não é o fim do mundo. É preciso achar forças para começar de novo, para lutar e batalhar por um objetivo. Se o objetivo não for alcançado, muito se conquista com a tentativa e a persistência.
Talvez o problema seja a infinidade de perguntas idiotas lançadas por repórteres em momentos inadequados; talvez seja a falta de preparo psicológico de nossos atletas. Porém, acho que precisamos superar uma atitude subdesenvolvida de depositar em atletas brasileiros a salvação da pátria. Diego Hipólito pedindo desculpas a povo brasileiro foi medonho. Ele não tem que pedir desculpas ao povo brasileiro, afinal as conquistas dele são DELE e não de todo o povo brasileiro. Por acaso o povo brasileiro se sacrificou nos treinamentos com ele? Por acaso o povo brasileiro financiou os treinamentos dele? Por acaso o povo brasileiro ia ganhar algum pedacinho da medalha dele?
Não estou renegando minha pátria, mas lanço as questões para refletirmos. Errar todo mundo erra. Falhar numa competição esportiva é normal. Agora, deixar-se levar pela narração do Galvão Bueno e chorar uma medalha perdida, é ridículo. E ressalte-se: medalha não se perde; medalha se ganha. A falha na final é fatal e cruel. O esporte pode ser cruel. Mas o esporte ensina exatamente isto, que errar não é o fim do mundo. É preciso achar forças para começar de novo, para lutar e batalhar por um objetivo. Se o objetivo não for alcançado, muito se conquista com a tentativa e a persistência.
Chega de chorar pelos erros. É hora de olhar para frente e lutar novamente. Sempre.
5 comentários:
acho que o brasil chora tanto pelos erros e acertos porque tem pouquissimos atletas preparados para a prática de esportes. Nosso governos e a nossa educação não incentiva ninguém a praticar e a se dedicar a algum esporte. Daí quando surge um talento individual todos os holofotes vão para essa pessoa. A pressão é muita e se o erro acontece, fica todo mundo com cara de besta. E o atleta se debulha em lágrimas. É triste, mas é comovente ao mesmo tempo... Brasil é isso aí...Até mais!!
oie,
Apesar de ter parado um pouco com a minha "viajem", o Balzaquianas, estou sempre por aqui...
Grande beijo
sua amiga blogueira de coração...
Kátia
Dessa vez vou ser obrigada a discordar de você...
Concordo que não se deve pedir desculpas nesse caso, afinal eles não devem nada ao povo brasileiro...talvez aos patrocinadores, mas isso é outra história.
Agora, o choro é a manifestação de uma emoção...por alegria, por frustração, por raiva, por decepção. Acho muito corajosa uma pessoa que não se importa em chorar perante outras pessoas, mostra que ela é humana.
Consigo entender essa decepção, afinal não é um campeonato de bairro, são os Jogos Olímpicos e na verdade, ninguém está preparado psicologicamente para perder. Na teoria é fácil, mas quem nunca ficou decepcionado ao perder uma vaga de emprego que queria muito, uma vaga na universidade, um amor para outra pessoa?
Imagine um atleta que se prepara durante 4 anos, abdica de várias coisas, se dedica, se esforça...não é fácil.
No caso do Diego, por exemplo...sofreu uma cirurgia, teve dengue, treinou com dor, tinha todo um peso de responsabilidade nas costas...
O judoca Eduardo Santos...é da periferia de SP, muito pobre, ficou 10 anos na faixa marrom porque não tinha dinheiro para mudar para a preta...foi tudo muito sacrificado. Quando obteve o índice olímpico, não tinha os R$1.500,00 para pagar de taxa à Confederação e então foi liberado disso.
César Ciello...os pais se sacrificaram para que ele ficasse esses 3 últimos anos nos EUA, sozinho, longe da família, somente focado nos treinos.
Acho que passa um filme na cabeça de cada um e então a emoção vem a tona.
Riso...nossa, que coisa de mal gosto eu escrever um livro no seu blog, desculpe.
Enfim, deixando de lado o sensacionalismo da TV, eu ainda fico feliz de ver que apesar de termos poucos heróis por aqui, eles são de carne, osso e sentimentos.
Beijo
Bom dia!!
na verdade acho que esse choro é muito mais uma decepção pelas nossas derrotas. Acho muito mais pessoal, do que qualquer outra coisa. Luto boxe ha 3 anos, nesse tempo estou 6 meses afastada pq to com uma lesão no joelho.. Acho que quando eu quero muito uma coisa e tenho o incentivo de algumas pessoas ( familia, amigos...sei la)no processo fica muito complicado encarar a minha derrota e as expextativas de outras pessoas. As vezes isso me assusta muito mais!!
Querido, uma boa quinta pra ti!
Bjos!!!
Bom, acho que se eu estivesse no lugar deles faria a mesma coisa, choraria como louca. Ficar treinando durante tanto tempo e depois deixar a recompensa escorrer pelos dedos.... é frustrante demais errar justamente onde e quando não se pode.
Afff, acho que eu ficaria um tempão de bico, hehehe
Postar um comentário