segunda-feira, 7 de junho de 2010

Futebol e bola



A Copa do Mundo está prestes a começar e somos tomados de um intenso espírito patriótico e de união. Músicas, livros, exposições, propagandas. Tudo trata de Copa do Mundo. No feriado, meu filho sugeriu que fôssemos ao Museu do Futebol, localizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Não conhecia o museu, mas há tempo tinha vontade de dar um pulinho por lá.

É um museu moderno, que faz muito bem o uso das novas tecnologias. Fiquei com a impressão de que se entra numa máquina do tempo, onde as emoções que senti quando criança foram reavivadas, renascidas no momento presente. O futebol é um esporte que permite ao indivíduo sentir a mesma emoção aos 6 e aos 60 anos de idade. A Copa do Mundo, então, acentua ainda mais estas lembranças.

Os grandes locutores são lembrados narrando gols inesquecíveis. Pedro Luiz, Fiori Gigliotti, Osmar Santos. Do rádio, passa-se à imagem colorida da televisão e a Copa de 1970. Lembrei de meu avô, Heitor, que todo domingo no início de um programa esportivo, onde exibiam o quarto gol do Brasil na final contra a Itália, narrava a jogada que culminou com um passe de Pelé para Carlos Alberto marcar. Os momentos alegres e tristes da Copa de 1982. Era criança ainda e chorei copiosamente quando o Brasil perdeu da Itália por 3 a 2, na Espanha. Parecia o fim do mundo para um jovem garoto que jamais havia visto o país erguer uma taça de Copa do Mundo.

As imagens de todas as copas são um exercício de memória, onde se pode nomear os jogadores,  e contar aos mais novos como as coisas aconteceram. Nestas salas, a emoção é visível, palpável. Todos comentam em voz alta numa cumplicidade de quem viveu e sentiu emoções semelhantes.

Numa outra sala, mais adiante, a bola. Objeto perfeito, que pode ser feito de tantos materiais, e talvez por isso, o futebol seja tão popular, tão fácil de ser jogado, tão fascinante. A bola traz alegrias, mas não perdoa e castiga aqueles a maltratam. A bola tem vida própria e parece guardar sempre uma surpresa. Desde o grito entalado na garganta, até a lágrima que se derrama quando ela resolve repousar no fundo das redes do time do coração.

O Museu do Futebol capta um pouco da magia do futebol. As emoções ficam por conta do visitante.



Um comentário:

Edna Federico disse...

Eu também já fui e é bem legal!
Beijo