quarta-feira, 29 de julho de 2009
A lei da banana
segunda-feira, 27 de julho de 2009
A bolsa da ministra
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Crônica: Doce Veneno - Parte 2
(Parte 1)
Interrompi aquele espiral de insegurança e lembrei do seu abraço. Lembrei dos seus lábios buscando os meus. Recordei aquelas mãos tocando minha pele. E aquele olhar que me envenenou. Suspirei aliviada. Não havia qualquer razão plausível para dúvida; mas ela existia e martelava-me enquanto dava passos lentos pela rua. Aquela cena iria se repetir. Fui tomada de uma segurança e altivez raras. Ele havia me conquistado, ainda que eu dissesse o oposto. Ele havia trilhado o caminho do meu coração e derrubou cada obstáculo que lancei no caminho. Ele foi persistente, hábil, delicado, cirúrgico. Mas será que o encanto se evaporaria depois daquele beijo?
Comecei a falar sozinha no meio da rua. Não havia muitas pessoas por perto. Alguns olharam torto, tendo-me por maluca. Estava indiferente a tudo que circundava. Meu mundo era meu. Meu mundo era ele. Dane-se o exterior que não compreende minha dor, minha alegria, minha vontade de gritar e pular e dançar. Só ele sabe o poder que tem sobre mim e como me faz sentir. Suspirei profundamente e disse seu nome em voz alta. Um suspiro que pedia mais e mais. Um suspiro de entrega.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Um abraço
Todo encontro começa com um abraço. Demorado, apertado, braços entrelaçados. Abraço que custa a se desfazer e que deixa na memória detalhes. Cada abraço é diferente. Sempre novo e cheio de energia. Cada abraço, sonhado ou real, acelera o coração do amigo.
Como escreveu certa vez um conhecido escritor em um de seus Diários, não venho aqui para matar saudades e falar de memórias. Venho para reavivar a memória e nutrir o sentimento bom de estar contigo, meu amigo. Criar novas memórias, novos sorrisos, novos momentos, novas lembranças. Um abraço é o ponto de partida.
Abraço carinhoso, caloroso. Abraço que silenciosamente não se quer nunca esquecer. Abraço que não quer se desmanchar. Abraço que não ata, nem prende, mas amarra a alma com um calor que só o amigo traz consigo no peito. Abraço que deixa saudades, junto com o perfume da pele, do roçar dos cabelos.
Abraço que encerra o encontro e convida a esperar por um outro próximo. Até mais, meu amigo. O abraço se desfaz, mas o coração guarda cuidadosamente o sentimento vivo.
A todos os amigos que passam por este blog, o meu abraço. Feliz dia do amigo!
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Sem noção
terça-feira, 14 de julho de 2009
O Herói
Acho surpreendente quando refletimos sobre algo, chegamos a alguma conclusão, meio por dedução, meio por intuição, e nos deparamos com alguém que conhece do assunto discorrendo sobre o assunto e chegando ao mesmo ponto em que concluímos.
Luiz Felipe Pondé falava de heroísmo, medo e coragem. Reproduzindo livremente o que ele disse, Pondé afirmou que o herói não precisa de plateia. Quem precisa de plateia é o narcisista, não o herói. O herói é aquele enfrenta seus medos diários e segue em frente, oculto, silencioso. Todos nós podemos praticar atos diários de heroísmo na nossa rotina, nosso trabalho, nas nossas vidas.
Posto de forma simples – e lógica – o medo é inerente ao ato humano. A coragem não está em ignorar o medo , ou deixar de senti-lo; a coragem está em enfrentar o medo e seguir adiante. Tenho pensado muito no medo, na mudança, na coragem, no fracasso nestes últimos dias, refletindo sobre o assunto. Parece que Pondé repetia o que havia concluído – de forma mais elaborada e culta, claro – cá com meus botões.
O herói caminha por entre nós, discreto, imperceptível. O ato praticado é rotineiro, é um constante vencer tudo aquilo que enfraquece a nossa vontade, que nos paralisa, que nos deixa inertes diante de um momento que exige ação. Uma mãe que educa o filho sozinha, um pai que ensina o filho a lutar contra a corrente, um empresário que rejeita uma negociação à margem da lei, um político que rejeita uma propina (coisa rara, talvez inexistente neste nosso Brasil), o tímido que se esforça por vencer sua timidez e tantos outros exemplos que cada um de nós pode apontar.
Todos estes exemplos são de heróis que passam despercebidos, mas heróis no verdadeiro sentido do termo. Esqueçamos o a forma coloquial de definir o herói e abracemos o nosso dia de forma heroica.
OBS 1.: plateia não tem mais acento. Herói ainda tem acento. Heroico(a) não tem mais acento. Minha fonte é o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (Rio de Janeiro : Cia. Editora Nacional, 2008).
OBS 2: No dia seguinte, lembrei de onde ouvira o nome de Luiz Felipe Pondé, ou melhor, lera um artigo dele. Foi na Dicta&Contradicta número 1 e o artigo é Um punhado de pó.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Crônica: Doce Veneno - Parte 1
Não percebi quando ele se aproximou por trás, com passos leves, e abraçou-me de um jeito todo delicado. Seus braços me enlaçaram e ele me puxou contra seu corpo. Aninhou seu queixo sobre meu ombro. Sua respiração quente acariciava meu rosto, seu coração batia acelerado e naquele instante o temor desapareceu de forma mágica. Não disse uma palavra. Nem ele. Não era preciso. Sabia o que ele pensava. Virei meu rosto e beijei sua boca. Aquele beijo que há tempos ansiava e esperava deixou minhas pernas trêmulas. Se não me apoiasse nele, teria caído.
Virei-me para ele e o beijo se tornou mais profundo. Havia um doce veneno naquela boca que percorreu todo meu corpo, aquecendo minha pele e provocando uma deliciosa taquicardia. Sabia que se provasse daquele veneno cairia em sua teia, entregue, vencida pelo tempo, pelas palavras, pelos gestos, pelos carinhos. Se morresse naquele momento, morreria a mulher mais feliz do mundo.
Suas mãos percorriam minhas costas até meus cabelos e abracei com mais força. Nossas línguas brincavam explorando a boca que se oferecia como um manjar dos deuses, doce, sublime, inebriante. Entorpecida, esqueci de tudo que havia a minha volta. Meus pensamentos davam cambalhotas de alegria e de medo, temerosa do que viria a seguir. Ele percebeu meu medo, interrompeu o beijo, olhou-me nos olhos, com um olhar todo seu, com um olhar penetrante que lia minha alma e me dissecava. Um olhar que me inundou de uma paz interior indescritível. Um olhar que afastou todo o medo que sentia. Um olhar que apaziguou minha ansiedade e revelou-me que tudo o que imaginava sobre ele era verdadeiro.
Aquele homem havia aberto um novo capítulo em minha vida. Surgido do nada, ao acaso, agora ele escrevia páginas e mais páginas que gritavam por palavras e por estórias. Havia me esquecido o que era sentir o que senti naquele curto espaço de tempo em que perecia levitar.
Abracei-o com toda a força que tinha e sussurrei no seu ouvido:
- Obrigado. Muito obrigado por você existir!
(continua)
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Renovação
A natureza tem sua sabedoria. As estações se sucedem, num constante renovar da vida. A flor murcha, morre e dá a semente; que morta brota uma nova fase, uma vida renovada. Tudo parece renovar-se constantemente, num movimento contínuo e repetido, mas que muitas vezes não percebemos.
Por que será que somos tão avessos às mudanças? Por que será que somos tão reticentes em aceitar se renovar, em aceitar mudar? Por que será que somos tão temerosos das mudanças e do desconhecido que elas nos fazem enfrentar?
Há momentos para se renovar. É preciso se renovar, mudar, seguir em frente. E há momentos em que uma palavra certeira, de quem nos conhece tão bem, traz consigo vida nova e renovada. Ânimo novo para batalhar e perseguir nossos sonhos.
Cada fim é a semente de um novo começo. Palavras tão verdadeiras!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Mundo sustentável
Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"