Domingo à noite. Tarde, quase onze horas. Passo pelos canais da televisão sem rumo até que me hesito na TV Cultura. Um homem falava de filosofia. Parei e atento passei a escutar. Tratava-se do Café Filosófico – que nunca tinha assistido – e o palestrante era Luiz Felipe Pondé. O nome não me pareceu estranho. Dei-lhe a atenção que merecia.
Acho surpreendente quando refletimos sobre algo, chegamos a alguma conclusão, meio por dedução, meio por intuição, e nos deparamos com alguém que conhece do assunto discorrendo sobre o assunto e chegando ao mesmo ponto em que concluímos.
Luiz Felipe Pondé falava de heroísmo, medo e coragem. Reproduzindo livremente o que ele disse, Pondé afirmou que o herói não precisa de plateia. Quem precisa de plateia é o narcisista, não o herói. O herói é aquele enfrenta seus medos diários e segue em frente, oculto, silencioso. Todos nós podemos praticar atos diários de heroísmo na nossa rotina, nosso trabalho, nas nossas vidas.
Posto de forma simples – e lógica – o medo é inerente ao ato humano. A coragem não está em ignorar o medo , ou deixar de senti-lo; a coragem está em enfrentar o medo e seguir adiante. Tenho pensado muito no medo, na mudança, na coragem, no fracasso nestes últimos dias, refletindo sobre o assunto. Parece que Pondé repetia o que havia concluído – de forma mais elaborada e culta, claro – cá com meus botões.
O herói caminha por entre nós, discreto, imperceptível. O ato praticado é rotineiro, é um constante vencer tudo aquilo que enfraquece a nossa vontade, que nos paralisa, que nos deixa inertes diante de um momento que exige ação. Uma mãe que educa o filho sozinha, um pai que ensina o filho a lutar contra a corrente, um empresário que rejeita uma negociação à margem da lei, um político que rejeita uma propina (coisa rara, talvez inexistente neste nosso Brasil), o tímido que se esforça por vencer sua timidez e tantos outros exemplos que cada um de nós pode apontar.
Todos estes exemplos são de heróis que passam despercebidos, mas heróis no verdadeiro sentido do termo. Esqueçamos o a forma coloquial de definir o herói e abracemos o nosso dia de forma heroica.
OBS 1.: plateia não tem mais acento. Herói ainda tem acento. Heroico(a) não tem mais acento. Minha fonte é o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (Rio de Janeiro : Cia. Editora Nacional, 2008).
Acho surpreendente quando refletimos sobre algo, chegamos a alguma conclusão, meio por dedução, meio por intuição, e nos deparamos com alguém que conhece do assunto discorrendo sobre o assunto e chegando ao mesmo ponto em que concluímos.
Luiz Felipe Pondé falava de heroísmo, medo e coragem. Reproduzindo livremente o que ele disse, Pondé afirmou que o herói não precisa de plateia. Quem precisa de plateia é o narcisista, não o herói. O herói é aquele enfrenta seus medos diários e segue em frente, oculto, silencioso. Todos nós podemos praticar atos diários de heroísmo na nossa rotina, nosso trabalho, nas nossas vidas.
Posto de forma simples – e lógica – o medo é inerente ao ato humano. A coragem não está em ignorar o medo , ou deixar de senti-lo; a coragem está em enfrentar o medo e seguir adiante. Tenho pensado muito no medo, na mudança, na coragem, no fracasso nestes últimos dias, refletindo sobre o assunto. Parece que Pondé repetia o que havia concluído – de forma mais elaborada e culta, claro – cá com meus botões.
O herói caminha por entre nós, discreto, imperceptível. O ato praticado é rotineiro, é um constante vencer tudo aquilo que enfraquece a nossa vontade, que nos paralisa, que nos deixa inertes diante de um momento que exige ação. Uma mãe que educa o filho sozinha, um pai que ensina o filho a lutar contra a corrente, um empresário que rejeita uma negociação à margem da lei, um político que rejeita uma propina (coisa rara, talvez inexistente neste nosso Brasil), o tímido que se esforça por vencer sua timidez e tantos outros exemplos que cada um de nós pode apontar.
Todos estes exemplos são de heróis que passam despercebidos, mas heróis no verdadeiro sentido do termo. Esqueçamos o a forma coloquial de definir o herói e abracemos o nosso dia de forma heroica.
OBS 1.: plateia não tem mais acento. Herói ainda tem acento. Heroico(a) não tem mais acento. Minha fonte é o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (Rio de Janeiro : Cia. Editora Nacional, 2008).
OBS 2: No dia seguinte, lembrei de onde ouvira o nome de Luiz Felipe Pondé, ou melhor, lera um artigo dele. Foi na Dicta&Contradicta número 1 e o artigo é Um punhado de pó.
3 comentários:
que convite eim, de viver heroicamente! Gostei!... Amei a visita, volte, super volte sempre!!! E da próxima, vai entrando, se aparramando no sofá... rs
Abraços, meus. Voltarei
Querido, belo texto. Eu sou super fã do Café Filosófico. O Viciados em Livros tem alguns para baixar e também há DVDs de uma e outra edição antiga. AMO.
E concordo. Deixemos a plateia para os narcisistas, que devem estar mais revoltados ainda que nós por terem perdido o assento, non?
Beijo!
Espetacular, meu caro. Keep up the good work.
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