segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Viva Drummond


MEMÓRIA
Carlos Drummond de Andrade

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.


Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.


As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão


Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

(Antologia Poética. 26a. ed. Rio de Janeiro : Record, p. 179-180)




Se Drummond estivesse vivo, hoje celebraria seu natalício. Não está presente em corpo, mas vivo na memória e nos poemas deixados como legado inesgotável de lirismo, de alegria, de beleza. Drummond vive com sua obra e o encanto de seus versos borbulha entre nós.

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