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foto: @rbueloni |
Na São Paulo invernal, cidade de amplitudes térmicas, onde o dia começa quente e termina frio, onde frentes frias parecem ser escassas neste ano e o inverno seco brinca com nossa saúde respiratória, o roxo cede lugar no palco ao amarelo.
Sampa é uma cidade mais florida do que se imagina e o inverno é o palco dos ipês. Primeiro, os roxos. Lembram-nos de que já passamos pela metade da estação mais fria. Em seguida, surgem os amarelos, vivos, quentes, alegres, cheios de alegria, o prenúncio da primavera que se aproxima. Contrastam com o céu de azul profundo do inverno. Não é o céu do cerrado, mas é um céu que nos cativa nestes dias com pouca chuva. Amarelo e azul, uma variação das cores de nossa bandeira. Mas no meio do verde de árvores que não se despiram no inverno, o amarelo tinge a paisagem quando são contemplados do alto de prédios, seres dos mais habituais da metrópole.
A cidade não é mais tão cinza. A cidade se vestiu de flores. Há manacás e quaresmeiras no início do ano, mas agora o palco é dos ipês. Depois, para fechar o espetáculo anual, entrarão em cena os flamboyants. Basta reparar. Basta caminhar pela cidade e olhar e contemplar e tirar os olhos do celular.