terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Notas Políticas: greve de policiais e privatização dos aeroportos


Duas breves notas sobre eventos dos últimos dias: a greve dos policiais na Bahia e a privatização dos aeroportos.

Na Bahia, a greve dos policiais militares transformou o estado e instalou-se uma situação de verdadeiro caos e terror. O governador Jaques Wagner (PT) sumiu.  Seu sumiço é sinônimo de omissão e um indicativo claro de que o PT não tem política de segurança pública. Fala-se em defender o direito de greve, como se o direito de greve pudesse solapar os direitos dos cidadãos à segurança. O governador recorreu ao governo federal e o ministro da Justiça assumiu a interlocução. O clima ficou tenso, houve confronto e eis que surge o governador num discurso tipo Dilma, sem pé nem cabeça, sem coerência, sem lógica. Tergiversou, palavra usada com frequência na última campanha presidencial. Não se pode admitir grevista de arma em punho! A Constituição não garante este direito aos militares, incluindo os policiais militares.

No Rio Grande do Sul, os policiais ameaçam entrar em greve na próxima semana. O governador Tarso Genro (PT) ameaçou e foi desafiador. 

Dois estados governados pelo PT e a política salarial para a segurança pública fica em segundo plano. Um discurso na campanha, outro prática. Não se trata de coincidência.


Ontem foram privatizados 3 aeroportos: Cumbica, Viracopos e Brasília. O PT, eterno demonizador das privatizações parece ter acordado para a realidade. Demorou 9 anos para reconhecer sua incapacidade de gerir os aeroportos e fazer os investimentos necessários de infraestrutura aeroportuária.  Curioso como não foram ajuizadas ações judiciais, não houve questionamento de editais por parte de sindicatos e centrais sindicais, não houve greve. Fosse num governo de outro partido, a grita seria geral. Fosse num governo de outro partido, algum deputado viria a público afirmar que os ágios obtidos (mais de 600% no aeroporto de Brasília) seriam a confissão clara de que o preço definido no edital era muito baixo, que o patrimônio público estava sendo dilapidado e entregue a preço para a iniciativa privada. Bem, o PT sucumbiu à realidade e à sua incompetência na gestão da coisa pública. Os aeroportos e os passageiros agradecem o bom senso que finalmente iluminou a presidente.

Esperamos apenas que Palocci e José Dirceu não tenham atuado como consultores dos consórcios vencedores.

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